Dissertação
Configuração de poder: um estudo de caso no Banco do Brasil
Fecha
2019-09-17Autor
Nóbrega, Maurilio Amorim da
Nóbrega, Maurilio Amorim da
Institución
Resumen
Esta dissertação tem como objetivo analisar a configuração de poder no Banco
do Brasil na grande Salvador, no ano de 2007, na percepção de seus funcionários,
através de um estudo de caso. Para tanto utilizou-se da teoria do poder organizacional
de Mintzberg (1983) e da escala de configurações de poder de Paz (1997).
Adicionalmente este estudo buscou analisar a percepção da configuração de poder
em função da estrutura organizacional na qual se inserem os respondentes; analisar
se existem diferenças estatisticamente significativas na percepção do grupamento
funcional admitido antes de 1991, que vivenciou o conturbado período vivido pelo
banco entre os anos de 1995 e 1997, e aquele admitido a partir de 1997; e, por fim,
este estudo buscou analisar se existem diferenças nas percepções das diversas
configurações de poder em função de variáveis sócio-demográficas tais como idade,
escolaridade, sexo, tempo de banco, localização, porte da dependência, grupamento
funcional e comissão exercida. Os resultados evidenciaram que, na percepção de
seus funcionários, a AUTOCRACIA é a configuração de poder que melhor representa
o banco enquanto que a MERITOCRACIA aparece no extremo oposto como aquela
que se apresentou menos significativa na percepção dos funcionários. A análise
da percepção em função da estrutura organizacional revelou a existência de diferenças
estatisticamente significativas entre os subgrupos das variáveis GRUPAMENTO
FUNCIONAL (comissionados e não comissionados), COMISSÃO EXERCIDA
e LOCALIZAÇÃO (agência e Direção Geral). Com relação à percepção dos grupamentos
funcionais admitidos antes de 1991 e após 1997, o estudo revelou a existência
de diferenças estatisticamente significativas apenas para a configuração do
tipo SISTEMA FECHADO. O estudo não permitiu, entretanto, afirmar que a diferença
de percepção deveu-se exclusivamente ao fato de um grupo ter vivenciado o conturbado
período 1995-1997 e o outro não. O estudo mostrou, também, a existência de
diferenças estatisticamente significativas na percepção das configurações MISSIONÁRIA;
INSTRUMENTO; AUTOCRACIA; ARENA POLÍTICA e SISTEMA FECHADO
em função de pelo menos uma das variáveis sócio-demográficas. A configuração
MERITOCRACIA foi a única que não apresentou diferenças de percepção em relação
a qualquer das variáveis do estudo e a variável PORTE DA DEPENDÊNCIA foi
a única que não apresentou diferenças de percepção estatisticamente significativas
em relação a qualquer uma das configurações. Apesar da existência dessas diferenças
de percepção entre subgrupos de diversas variáveis, o estudo confirmou apenas
um nível moderado de correlação entre a variável TEMPO DE BANCO e a configuração
do tipo SISTEMA FECHADO com valores de r = 0,360 e p = 0,00. Ao final, as
médias obtidas pelas configurações AUTOCRACIA e MISSIONÁRIA, que obtiveram
as maiores médias gerais, e a pequena distância entre elas (0,027) confirmam a afirmação
de Mintzberg de que não existe um tipo puro de configuração, mas apenas
configurações mistas nas quais se pode perceber a predominância de um dos seis
tipos propostos. This dissertation has the objective of analyzing the power configuration of
Banco do Brasil in the cities of Salvador and those around it, in the year of 2007,
from the perception of its workers, using a case study. To do so, it used Mintzberg’s
(1983) organizational power theory and Paz’ (1997) scale of power configuration.
Additionally this study analyzed the perception of the power configuration as a
function of the organizational structure where those who answered the
questionnaires were inserted; it also analyzed if there were statistically significant
differences in the perception of those who were admitted before 1991, that lived the
difficult period of time between 1995 and 1997, and those who were admitted from
1997 on; and, finally, this study analyzes if there were differences on the perceptions
of the configurations of power as a function of social and demographical variables
such as age, school level, sex, time of employment, localization, department size,
functional group and post occupied. The results showed that, according to the
perceptions of its workers, AUTOCRACY is the configuration of power that better
represents the bank while MERITOCRACY appears on the extreme opposite side as
the one that was less significant in the perception of its workers. The analysis of the
perception as a function of the organizational structure revealed the existence of
statistically significant differences between the subgroups of the variables
FUNTIONAL GROUP (those who occupy and those who do not occupy a hierarchical
post), POST OCCUPIED and LOCALIZATION (agency or central administration).
About the perception of the groups admitted before 1991 and from 1997 on, the
study revealed the existence of statistically significant differences just for the
CLOSED SYSTEM configuration. However, the study did not allow affirming that the
difference of perception occurred exclusively because one group lived the difficult
period of time between 1995 and 1997 and the other did not. The study also showed
the existence of statistically significant differences about the perception of the
MISSIONARY, INSTRUMENT, AUTOCRACY, POLITICAL ARENA and CLOSED
SYSTEM configurations as a function of at least one of the social and demographic
variables. The MERITOCRACY configuration was the only one that did not show
different perception related to any of the study variables and the variable
DEPARTMENT SIZE was the only one that did not show statistically significant
perception differences about any of the configurations. In spite of the differences of
perceptions between subgroups of various variables, the study confirmed just a
moderate level of correlation between the variable TIME OF EMPLOYMENT and the
CLOSED SYSTEM configuration with the values of r = 0,360 and p = 0,00. At the
end, the means showed by the configurations AUTOCRACY and MERITOCRACY,
that showed the highest general means, and the small distance (0,027) between
them confirm Mintzberg statement that there isn’t a pure type of configuration but just
mixed configurations in which one can perceive the predominance of one of the six
types proposed.
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