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DRIVES VOCAIS GLÓTICOS: ANÁLISE NASOLARINGOSCÓPICA E ESPECTRAL DAS MUDANÇAS ANATOMOFISIOLÓGICAS NA VOZ CANTADA
Autor
Güths, Rubens
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Fonoaudiologia. Resumo: Os drives vocais são ornamentos vocais pertencentes à estética do canto popular e almejados
por cantores de diversos estilos. Os avanços das ciências vocais permitiram a desmistificação desse tipo
de técnica nas ultimas quatro décadas, classificando-os como drives glóticos, supraglóticos ou mistos. A
abordagem interdisciplinar na avaliação de cantores que usam drives glóticos é fundamental para a
compreensão ampla das particularidades de cada caso. O presente estudo tem como principal objetivo
descrever os achados anatomofisiológicos e espectrais dos drives glóticos, identificados na prática de
muitos cantores.
Métodos. Foi coletada a amostra de três cantores em emissão cantada com e sem drives. Foi utilizado o
kit AudioBox Studio One da PreSonus® para gravar a voz durante a avaliação nasolaringoscópica. Os
cantores passaram por aquecimento vocal e avaliação funcional da laringe baseados em dois estudos
sobre cantores contemporâneos.
Resultados. Os cantores executaram os drives Power Creaky Voice e Phaser e ambos apresentaram
comportamentos anatomofisiológicos particulares. A laringe foi baixa no primeiro drive e no nível da voz
limpa no segundo, sendo observada a abertura posterior da glote nos dois drives, com abertura do terço
médio para o primeiro também. Os formantes apresentam variação conforme os ajustes de trato vocal
utilizados para os drives.
Conclusões. Os drives glóticos apresentam comportamento anatomofisiológico complexo em sua
composição, com participação fundamental do músculo interaritenóideo transverso e cricoaritenoideos
laterais. F3 variou de acordo com o comprimento longitudinal e F4 com o diâmetro, sendo ambos
relacionados com os ajustes tridimensionais do trato vocal.