TCCgrad
Estratégias de defesa cibernética: como Coreia do Sul e Brasil entendem poder cibernético
Autor
Brito, Amanda de
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Relações Internacionais. A Revolução da Informação transformou completamente a forma com que a sociedade opera,
de maneira tão poderosa que até os Estados foram afetados. Um novo domínio operacional,
caracterizado pelo uso de eletrônicos para armazenar e trocar informações entra no jogo de
poder, o espaço cibernético. Os Estados utilizam o espaço cibernético para expressar seus
interesses nacionais, que, mesmo não sendo um espaço físico, ainda está atrelado às noções
geográficas humanas. Apresenta-se, então, um novo domínio de poder com espaço para
conflito;os Estados, assim, preocupados com novas ameaças provindas do espaço cibernético,
trazem a defesa e segurança cibernética para suas agendas políticas. Coreia do Sul e Brasil
ocupam, respectivamente a 4
a e 18a posição no Global Cybersecurity Index de 2020, mas não
são comumente citados como grandes detentores de poder cibernético. Dessa forma, a partir
do método hipotético dedutivo, o presente trabalho busca entender como Coreia do Sul e
Brasil expressam poder cibernético através da análise e comparação das estratégias expostas
em documentos oficiais. A pergunta que norteia a pesquisa é: Em que medida os documentos
oficiais do Brasil e da Coreia do Sul consideram o espaço cibernético como um domínio de
propagação de poder? Nesse sentido, a hipótese principal levantada é que se a Coreia do Sul e
o Brasil constroem estratégias nacionais de defesa cibernética, então consideram o espaço
cibernético como meio de propagação de poder no sistema internacional; de forma secundária,
considerando que a Coreia do Sul recebe pontuação melhor que o Brasil no Global
Cybersecurity Index 2020, levanta-se a hipótese que a Coreia do Sul tem estratégias de defesa
cibernética mais robustas que o Brasil, pois se encontra em um entorno estratégico que lhe
propõe mais ameaças. The Information Revolution has completely transformed the way society operates, even so
powerfully that states have been affected. A new operational domain, characterized by the use
of electronics to store and exchange information enters the power game, the so called
cyberspace. States use cyberspace to express their national interests, and even though it is not
a physical space, it is still linked to human geographic notions. A new domain of power
presents itself with space for conflict, the States, thus, concerned with new threats coming
from cyberspace, bring cyber defense and security to their political agendas. South Korea and
Brazil rank 4th and 18th respectively in the 2020 Global Cybersecurity Index, but are not
commonly cited as major cyber power holders. Thus, based on the hypothetical deductive
method, this paper seeks to understand how South Korea and Brazil express cyber power
through the analysis and comparison of strategies exposed in official documents. The question
that guides the research is: To what extent do official documents from Brazil and South Korea
consider cyberspace as a domain of power propagation? In this sense, the main hypothesis
raised is that if South Korea and Brazil build national cyber defense strategies, then they
consider cyber space as a means of propagating power in the international system;
secondarily, considering that South Korea receives a better score than Brazil in the Global
Cybersecurity Index 2020, it is hypothesized that South Korea has more robust cyber defense
strategies than Brazil, as it is in a strategic environment that poses more threats.