Tesis
Paciente, cliente, usuário ou consumidor: quem o cirurgião-dentista atende?
Fecha
2019-09-22Autor
Rezende, Maria Cristina Rosifini Alves [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
O cirurgião-dentista, absolutamente capacitado para aplicar seus conhecimentos, atender, solucionar e/ou cuidar da saúde bucal, precisa estar, antes de tudo, atento à pessoa que procura os seus serviços. Quem é essa pessoa: paciente, cliente, usuário ou consumidor? Geralmente nos referimos à pessoa que utiliza o serviço de saúde como “paciente” e isso tira dela uma série de possibilidades. O paciente é alguém desprovido de direitos – embora exista uma cartilha sobre os direitos do paciente – a palavra dá a conotação de ser alguém que deve ter paciência e ficar submisso aos cuidados do outro, aceitando, sem discutir, o que lhe é oferecido. Por essa conotação desfavorável, atualmente existe uma discussão para mudar o termo para “usuário” do serviço. Mas, terá o usuário mais direitos e será mais respeitado, afinal, como “usuário” , já conhece o sistema. Usuário de quê? Por que não um cliente? Alguém que desejamos conquistar, para quem destinamos todas as explicações e orientações, nos esforçamos para atendê-lo bem em todas as suas necessidades para que saia satisfeito e fique fidelizado. Pode também, ser um consumidor, o que, em si, significa alguém provido de direitos legais. Alguém que deve ser tratado com todos os cuidados, cercado de atenções e que deve receber tudo aquilo a que tem direito. Caso contrário, pode se tornar um grande inimigo, movendo uma ação judicial, caso não fique satisfeito. Ou seria apenas um cidadão, nem cliente, nem paciente, nem usuário, mas uma pessoa que participa das decisões conscientes de seu potencial e de seus direitos? O presente estudo tem por finalidade apontar alguns elementos para a reflexão acerca da relação entre o cirurgião-dentista e a pessoa que procura suas ações para promoção da saúde, buscando proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito. The dental surgeon, absolutely qualified to apply his knowledge, attend, solve and / or take care of oral health, must be, first of all, attentive to the person who seeks his services. Who is this person: patient, customer, user, or consumer? We often refer to the person who uses the health service as “patient” and this takes away a number of possibilities. The patient is someone without rights - although there is a primer on the patient's rights - the word connotes being someone who should have patience and be submissive to the care of others, accepting, without discussing, what is offered. For this unfavorable connotation, there is currently a discussion to change the term to "user" of the service. But, the user will have more rights and will be more respected, after all, as "user", already knows the system. User of what? Why not a customer? Someone we want to achieve, for whom we have all explanations and directions, we strive to serve you well in all your needs so that you are satisfied and loyal. You can also be a consumer, which in itself means someone with legal rights. Someone who should be treated with care, surrounded by attentions and who should receive everything to which he is entitled. Otherwise you can become a great enemy by filing a lawsuit if you are not satisfied. Or is it just a citizen, no customer, no patient, no user, but one who participates in decisions that are conscious of their potential and their rights? The present study aims to point out some elements for the reflection on the relationship between the dentist and the person who seeks his actions for health promotion, seeking to provide greater familiarity with the problem, with a view to making it more explicit.