Neste ensaio, propomo-nos a refletir acerca dos seguintes questionamentos: como se estruturam os currículos médicos na abordagem da comunicação? como possibilitar que o profissional assuma uma postura empática e estabeleça uma comunicação dialógica se, durante a graduação, pouco se estimula a escuta ativa? Ou ainda, é possível formar o médico para o exercício de uma comunicação menos paternalista e com práticas de saúde mais dialógicas? Para esta reflexão foi realizada uma análise bibliográfica focada no eixo comunicação e formação médica. Sendo assim pretendemos, com este artigo, contribuir para a  compreensão, reflexão e análise da formação médica e a interface necessária com o campo da comunicação por intermédio de dois eixos, o primeiro abrangendo a comunicação no currículo médico e o segundo, por sua vez, a prática paternalista e a prática médica compartilhada.