info:eu-repo/semantics/article
On the inchoativity of the portuguese verbs endingin -ecer
Sobre la incoatividad de los verbos terminados en -ecer en portugués;
Sobre a incoatividade dos verbos terminados em -ecer em português
Registro en:
10.5007/1984-8412.2021.e79094
Autor
Pereira, Rui
Institución
Resumen
The Portuguese grammatical tradition generally assumes that -ecer is a suffix component characteristic of inchoative verbs, in other words, verbs that express the beginning of a state or process. In this article, we will seek to determine the extent to which this aspectual value of the verbs ending in -ecer is attested in both contemporary Portuguese and earlier stages of the language. For that purpose, we will analyse the meaning of five verbs ending in -ecer (adormecer ‘to fall asleep’, amanhecer ‘to dawn’, amarelecer ‘to yellow’, apodrecer ‘to rot’, endurecer ‘to harden’) along their diachronic path based on instances found in the CIPM - Corpus Informatizado do Português Medieval and lexicographic corpora published from the 16th century onwards. The available data allow us to conclude that as early as Ancient Portuguese, verbs ending in -ecer denote events that focus on the final stage of the change suffered by an entity, rather than expressing an event in its beginning. La tradición gramatical portuguesa generalmente asume que -ecer es un constituyente sufijal característico de los verbos incoativos, es decir, verbos que expresan el comienzo de un estado o proceso. En este ensayo trataremos de averiguar hasta qué punto este valor aspectual proclamado de los verbos terminados en -ecer se puede comprobar en el portugués contemporáneo o en alguna/s de las etapas pasadas de nuestra lengua. Para ello, se analiza el significado de cinco verbos terminados en -ecer (adormecer ‘dejarse dormir, dormir a alguien’, amanhecer ‘amanecer’, amarelecer ‘amarillear’, apodrecer ‘pudrir’, endurecer ‘endurecer’) a lo largo de su trayectoria diacrónica, partiendo de los ejemplos recogidos en el CIPM - Corpus Informatizado do Português Medieval, y en obras lexicografías editadas desde el siglo XVI. Los datos permiten concluir que, desde el portugués antiguo, los verbos en -ecer, más que expresar un evento en su inicio, manifiestan eventos que se enfocan en el estado final del cambio sufrido por un ente. RESUMO: A tradição gramatical portuguesa assume geralmente que -ecer é um constituinte sufixal característico de verbos incoativos, ou seja, verbos que exprimem o início de um estado ou processo. Neste artigo, procuraremos averiguar em que medida este proclamado valor aspetual dos verbos terminados em -ecer se encontra atestado no português contemporâneo ou em alguma(s) das fases pretéritas da nossa língua. Para esse efeito, analisa-se o significado de cinco verbos terminados em -ecer (adormecer, amanhecer, amarelecer, apodrecer, endurecer) ao longo do seu percurso diacrónico, com base nas atestações encontradas no CIPM - Corpus Informatizado do Português Medieval e em obras lexicográficas editadas a partir do século XVI. Os dados permitem concluir que, desde o português antigo, os verbos em -ecer, mais do que expressar um evento no seu início, denotam eventos que focalizam o estado final da mudança sofrida por uma entidade.