Report
Consumidores, produtores e a nova classe média
Fecha
2009-12-01Autor
Neri, Marcelo Côrtes
Institución
Resumen
A pesquisa explora a evolução do estoque de diferentes ativos das famílias, embasando uma visão ampla da natureza dos padrões de vida conquistados. Traduzimos a riqueza de dados em termos de classificação de classes econômicas, agrupados sob duas perspectivas: a do consumidor e a do produtor. A primeira identifica o potencial de consumo exercido pelas famílias através do acesso a bens de consumo (TV, Freezer etc), acesso a serviços públicos (Lixo, esgoto), condições de moradia (financiamento, tamanho) e tipo de família. Já na ótica do produtor identificamos o potencial de geração de renda familiar através da inserção produtiva e nível educacional de diferentes membros do domicílio, bem como investimentos em capital físico (previdência pública e privada; uso de tecnologia de informação e comunicação), capital social (sindicatos; estrutura familiar) e capital humano (freqüência dos filhos em escolas públicas e privadas), de forma a captar a sustentabilidade das rendas percebidas. A comparação destas duas dimensões, consumidores e produtores, permitirá nos termos da fábula de la Fontaine separar os brasileiros em cigarras e formigas. Além disso, a partir do processamento de microdados de 132 países, contrastamos as particularidades do brasileiro em relação ao presente e ao futuro, seu e do país. Complementarmente, a pesquisa destrincha a evolução dos indicadores sociais baseados em renda domiciliar per capita tradicionalmente gerados pelo CPS, como pobreza, desigualdade (incluindo os sem renda) e as classes econômicas (AB, C, D e E) sintetizando o que aconteceu com o bolso dos brasileiros de famílias de diferentes estratos econômicos. Analisamos os impactos imediatos de diferentes fontes de renda. Veja a pesquisa em http://cps.fgv.br/pesquisas/consumidores-produtores-e-nova-classe-media The research explores through PNAD the evolution of the different assets stocks of the families, with a wide view of the nature of the living standards acquired. We have translated the wealth of data into terms of classification of economic classes, grouped into two perspectives: the consumers and the producers. The first one identifies the consumption potential of the families through access to consumption goods like TV, freezer, etc.; access to public services, such as waste collection and sewerage; housing conditions (financing, size) and type of families. The producer´s perspective we have identified the potential of household income generation through productive inclusion and the educational level of different members of the household, as well investments in physical capital (public and private pensions; use of information and communications technology); social capital (unions, family structure) human capital (how many children are attending public or private school), so as to capture the sustainability of the income. Comparing these two dimensions, consumers and producers, allows us to separate the Brazilians as grasshoppers and ants as in the la Fontaine fables. Besides, from the microdata of 132 countries, we contrasted the specificities of the Brazilian people in relation to the present and the future, theirs and the country´s. Additionally, the research unveils the evolution of social indicators based on household per capita income traditionally generated by the CPS, as poverty, inequality including null incomes, economic classes (AB, C, D e E) synthesizing what happened to the wealth of Brazilian families of different economic classes. We analyzed the immediate impact of different income sources. For instance, what was the relative importance of income from work, social security benefits or the Family Grant to explain the reasons for alteration in the indicators based on income flows (poverty, inequality and classes) as well as its higher or lower prospective sustainability. Illustratively, among 2008 and 2007 PNADs there was a 12% reduction in poverty, or 3.8 million people out of poverty. This movement crowns a trend since the end of the 2003 recession, when poverty dropped 42,9%, that is, around 19,3 million people have crossed the poverty line. The result is that we have 29,3 million poor people (16,02% of the population) who would be 50 million people instead had poverty not fallen in the last years.