Capítulo de libro
Princípios paisagísticos dos jardins de Burle Marx
Fecha
2019Autor
Sá Carneiro Ribeiro, Ana Rita;#0000-0002-2750-5354
Sá Carneiro Ribeiro, Ana Rita
Institución
Resumen
A pintura, a música e a planta foram os estímulos para o artista Roberto Burle Marx, na década de 1930, conceber os primeiros jardins públicos de sua carreira como paisagista os quais estão localizados na cidade do Recife, no nordeste do Brasil. Com o pensamento orientado segundo princípios artísticos, históricos e botânicos, Burle Marx inventou, então, o jardim moderno como obra de arte, compreendendo-o como “natureza organizada segundo leis arquitetônicas”. Cristaliza-se, assim, uma arquitetura de paisagem que agrega uma multiplicidade de saberes incluindo as necessidades da sociedade frente aos avanços técnicos e científicos. Nesse momento, a linguagem do jardim espelha-se na realidade do lugar em que prepondera o elemento vegetal e, em um segundo momento, em outras cidades brasileiras e latino-americanas, a planta é decodificada e representada em linguagem abstrata, com novos atributos, no piso, traçado, materiais e volumes. Nos dois momentos estão contempladas a história e a paisagem. Tem-se por base seus depoimentos para a imprensa e palestras além dos fundamentos da teoría da paisagem e do jardim produzidos por estudiosos da filosofia da paisagem. Este artigo se dispõe a interpretar o pensamento paisagístico de Burle Marx com enfoque nos principios paisagísticos, concretizados no jardim moderno para instruir o olhar como meio educativo.