article
As escadas de peixes no contexto da conservação de recursos naturais
Autor
AGOSTINHO, A.A.; GOMES, L.C.
Institución
Resumen
AGOSTINHO, Angelo Antonio; GOMES, Luiz Carlos. As escadas de peixes no contexto da conservação de recursos naturais. Boletim Sociedade Brasileira de Ictiologia, Porto Alegre, n.67, p.8-11, 2002.
As espécies de peixes mais afetadas pelos represamentos são aquelas de maior porte, geralmente de hábito migratório e elevada longevidade. Estas espécies, em geral, apresentam uma ampla área de vida, sendo que, em alguns casos, a distância entre os locais de desova e as áreas utilizadas para o crescimento podem superar 1.000km (Bonetto, 1963; Godoy, 1975). Várias dessas espécies requerem áreas apropriadas para o desenvolvimento inicial, geralmente habitats lênticos, com elevada estruturação e localizados entre as áreas de desova e crescimento (Agostinho & Julio Jr, 1999). A interrupção na rota migratória, a eliminação ou redução de áreas críticas (desova, desenvolvimento inicial) e/ou o isolamento genético são os mecanismos relacionados a esse impacto. Uma opção para minimizar os impactos dos represamentos sobre as espécies migradoras são os mecanismos de transposição, dentre eles as escadas de peixes.
No Brasil, a primeira escada foi construída em 1911, na represa de Itaipava, no rio Pardo (alto rio Paraná), com um desnível de 7 metros, sendo considerada bem sucedida na transposição de peixes. No início da década de 20, uma segunda escada foi construída na barragem da represa Cachoeira das Emas, no rio Mogi Guaçu. Embora com um desnível de apenas três metros, foi mal dimensionada e começou a funcionar apenas a partir de uma reforma realizada em 1942 (Godoy, 1985). [...]
Observação: O trabalho, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo do trabalho digital.