Resumen
A presente pesquisa analisa a questão da segregação espacial e social verificada no município de Sarandi-PR; processo este resultante da lógica capitalista e da implantação da política urbana conduzida pela cidade polo (Maringá). Busca-se compreender o preconceito e a imagem de Sarandi, a partir da sociabilidade e do cotidiano das pessoas, presente no cotidiano das escolas e nos meios de comunicação de massa, entre eles, o jornal e a televisão. Para o desenvolvimento da pesquisa analisou-se a formação da Região Metropolitana de Maringá (RMM), desde o desenvolvimento da colonização, levado a cabo pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), sendo o processo de segregação social e espacial relacionado à excludente e contraditória formação da RMM, iniciada pelas ações da CMNP, e da herança social da formação da sociedade brasileira, calcada nos valores patrimonialistas e clientelistas, tomados como importantes contribuições teórico-metodológicas, juntamente com o conceito de segregação. Apesar da existência de marcos legais preconizados no Estatuto da Cidade, os quais possibilitam a construção democrática do urbano, a pesquisa apontou que as recentes mudanças urbanísticas na RMM seguem contribuindo para a continuidade segregação socioterriorial, principalmente no município de Sarandi. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica, documental e análise de dados quantitativos, além de trabalho de campo e entrevistas junto a moradores desta região e a agentes públicos no município de Sarandi, com o objetivo de analisar a imagem da cidade com a questão da segregação socioespacial na RMM.
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