Monograph
Análise discursiva: o discurso da loucura no livro “Hospício é Deus” de Maura Lopes Cançado
Registro en:
SANTOS, A. R. (2021)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2176
Autor
Santos, Andreia Regina dos
Resumen
SANTOS, Andreia Regina dos. Análise discursiva: o discurso da loucura no livro “Hospício é Deus” de Maura Lopes Cançado. 2021. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2021. Tendo em vista que o discurso é uma prática social, considerando como dimensão social e regente das relações humanas, a pesquisa sobre a obra de Maura Lopes Cançado, “Hospício é Deus”, possibilita ampliar as discussões e reflexões de como se realiza a constituição do sujeito na loucura. Assim, propondo realizar análises sobre a produção dos discursos dentro do hospício, além de compreender como os discursos do outro interferem na produção dos discursos e no silenciamento do indivíduos na loucura. A metodologia da pesquisa consiste numa pesquisa científica bibliográfica e descritiva, desenvolvida com base nas teorias de autores como: Oliveira (2017); Foucault (1978; 1996; 2006); Brandão (2006), Pêcheux (1988), Maldidier (2003), Maingueneau (1997), dentre outros. Diante disso, observamos que a produção dos discursos é afetada pelo espaço do hospício, a exclusão produz o silenciamento do sujeito “louco”, o que impõe a constatação de que os discursos presentes na obra da referida autora em análise mostram as tentativas de uma intelectualidade extirpada pelas marcas dos estereótipos descritos pela sociedade, no tocante à loucura. Com base em todo o percurso realizado na presente tarefa desta pesquisa, obtivemos como resultado, a identificação de que o indivíduo é condicionado a interpelar-se a partir das relações que estabelece com o outro e os discursos-outros e, é constituído por estereótipos que o identificam como sendo um sujeito “diferente” dos demais, por conseguinte, reconhecido como louco.