Dissertation
Análise do substrato e teores foliares da araruta comum adubada com biofertilizante
Registro en:
MELO JÚNIOR, Madson Fernandes (2021)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3147
Autor
Melo Júnior, Madson Fernandes de
Resumen
MELO JUNIOR, M. F. Análise do substrato e teores foliares da araruta comum
adubada com biofertilizante. 2021. 69 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação
em Energia e Ambiente) – Instituto de Engenharia e Desenvolvimento Sustentável,
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção –
CE, 2021. A espécie Maranta arundinacea L., conhecida como araruta, é uma planta alimentícia
não convencional (PANC), que apresenta folhas pontiagudas entre 0,60 a 1,2 m de
altura e rizomas com tamanho variando de 10 a 25 cm. A araruta comum é a mais
difundida por apresentar alto teor de amido e elevado valor de mercado. Devido a isso,
é importante a proposição de recomendações de adubação que maximizem teores
nutricionais fornecidos ao solo e extraídos para as folhas. Como o biofertilizante é
produzido pela degradação de esterco de origem animal ou de restos vegetais, a sua
aplicação ao solo promove um aumento nas propriedades físico-químicas desse,
gerando maior disponibilidade de nutrientes para a planta. O biofertilizante de fonte
de esterco bovino é facilmente encontrado nas propriedades agrícolas e sua produção
pode ser realizada a baixo custo pelos produtores rurais, tornando isso uma vantagem
competitiva comercial, cuja aplicação contínua pode exercer efeitos benéficos da
extração de nutrientes do substrato. Além disso, o estudo dos nutrientes acumulados
ao longo do cultivo é importante para determinar as épocas em que determinado
elemento é mais exigido, possibilitando corrigir deficiências que, porventura, venham
ocorrer durante o desenvolvimento da cultura. Este trabalho teve o objetivo de avaliar
o teor nutricional do substrato e das folhas da araruta comum em função de épocas
de avaliação e das doses de biofertilizante líquido à base de esterco bovino. O
delineamento experimental foi em blocos ao acaso, no esquema de parcelas
subdivididas. As parcelas foram constituídas de três épocas de avaliação para análise
do substrato (época inicial de avaliação, 180 dias após o plantio (DAP) e 282 DAP) e
duas épocas de avaliação para diagnose foliar (180 DAP e 282 DAP); as subparcelas
– foram constituídas de cinco doses de biofertilizante (0, 300, 600, 900 e 1.200 mL por
planta por semana) a base de esterco bovino. No substrato, foram analisados os
teores de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), sódio
(Na), matéria orgânica (MO), carbono (C), potencial de hidrogênio (pH) e
condutividade elétrica (CE). Já por diagnose foliar foram avaliados os teores de N, P,
K, Ca, Mg, enxofre (S) ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu), manganês (Mn), boro (B) e
sódio (Na). Os resultados permitiram concluir que a adubação utilizada supriu a
necessidade nutricional da cultura e que a dose de 1200 mL por planta por semana,
aos 282 DAP, maximizou a maioria dos teores avaliados no substrato. Além disso,
nas folhas, todos os teores analisados, exceto o nitrogênio e zinco, ficaram dentro dos
valores adequados, para a maioria das tuberosas, considerando todas as épocas de
avaliação e doses de biofertilizante utilizadas.