Monograph
O papel do assistente social nas famílias mediante o assistencialismo na atenção primária de saúde
Registro en:
ANDRADE, A. V. G. L. (2018)
Autor
Andrade, Ana Verônica Galvão Lima de
Resumen
ANDRADE, Ana Verônica Galvão Lima de. O papel do assistente social nas famílias mediante o assistencialismo na atenção primária de saúde. 2018. 33 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização Gestão em Saúde, Instituto de Ciências da Saúde - Ics, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Limoeiro do Norte, 2018. A pesquisa traz como escopo o papel do assistente social junto as famílias contra o assistencialismo
na atenção primária de saúde. Foi visto o assistencialismo na trajetória do Serviço Social e que este
existe desde a colonização do Brasil por falta de uma política de saúde pública, dando espaço para a
Igreja Católica desenvolvê-lo através de atendimentos caritativos para propagar sua ideologia.
Posteriormente foi praticada por outros membros da burguesia para tirar vantagens, esse foi o
momento da industrialização e urbanização no Brasil. Na década de 1930 quando surgia a profissão
do assistente social, que realizava um trabalho de controle das massas para atender a ideologia
dominante, que tinha como representantes além da Igreja Católica, as oligarquias cafeeiras e o
Estado Varguista. O assistencialismo continuou, pois os mesmos trabalhavam em favor do sistema
vigente. No Movimento de Reconceituação foram elaborados documentos e os assistentes sociais
passaram a atuar revestidos de posicionamento crítico ao sistema capitalista e em defesa da garantia
de direitos. É o início do trabalho desses profissionais contra o assistencialismo, que veremos a
seguir como aconteceu e como demorou a constituir a política de saúde no Brasil. Quando chegou a
família real iniciou o controle sanitário mínimo da capital do império. Só em 1953 foi criado o
Ministério da Saúde, mas os não contribuintes continuavam sem direito a saúde. Em 1964 aconteceu
o Golpe de Estado e em 1967 o encontro de Araxá. Em 1970 criaram a SUCAN e aconteceu o
encontro de Teresópolis que culminou no rompimento do Serviço Social tradicional. Em 1978 foi
criado o INAMPS e aprimorado a cientificidade do Serviço Social no encontro de Sumaré e em 1984 a
metodologia no seminário do Alto da Boa Vista. A VIII Conferência de Saúde resultou em proposições
importantes para a Constituição Federal de 1988 legalizar o direito da saúde para todos. Depois
tivemos a aprovação da LOS com a LEI 8.080/90 e a LEI 8.142/90- Lei Complementar da Saúde,
como também a criação do INSS. No governo Collor foi criado o PACS, PSF e a elaboração da NOBSUS/1993. Fernando Henrique continuou a versão neoliberalista de responsabilidade mínima com a
saúde. Houve nova edição da NOB-SUS e criado a NOAS. Com Lula dentre muitos feitos se destaca
o redimensionamento do PSF para ESF. Apesar do amparo legal a saúde não atende todas as
necessidades da população. A maior causa de muitas está no baixo valor repassado pelo governo
federal aos munícipios, causando a continuação da prática do assistencialismo. Para combater os
assistentes sociais trabalham com famílias realizando atendimentos individuais, coletivos e visitas
para orientar de forma detalhada sobre o assunto, realizam campanhas salientando as
consequências, participam dos Conselhos Municipais de Saúde para questionar e deliberar melhorias
para a atenção primária de saúde, buscam a intersetorialidade, formação dos profissionais,
planejamento com os usuários do serviço e os profissionais. Assim se confirma que os assistentes
sociais junto as famílias podem combater o assistencialismo, orientando, estimulando a cidadania e
seu senso crítico para serem protagonistas de suas vidas.