Monograph
Políticas linguísticas e o ensino de libras
a realidade das políticas linguísticas para o ensino de libras nas aulas de língua portuguesa nas escolas estaduais
Registro en:
SILVA, A. E. R. da (2019)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2059
Autor
Silva, Antonio Eugenio Ramos
Resumen
SILVA, Antonio Eugenio Ramos. Políticas linguísticas e o ensino de libras: a realidade das políticas linguísticas para o ensino de libras nas aulas de língua portuguesa nas escolas estaduais. 2019. 73f. MONOGRAFIA (graduação) - Curso de Letras - Instituto de Linguagens E Literaturas, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, 2019. O Estado tem criado políticas inclusivas que garantem uma educação especializada
e de qualidade às pessoas surdas devido à difusão de estudos referentes à Língua
Brasileira de Sinais (Libras) e os direitos educacionais dessas pessoas nos últimos
anos. Nesse trabalho, pesquisa-se sobre as Políticas Linguísticas (a partir de
CALVET, 2007; OLIVEIRA, 2013; GESSER, 2009; GUARINELLO, 2007 e outros)
voltadas para o ensino e difusão da Libras nas escolas estaduais do Ceará, a fim de
analisar como essas políticas linguísticas são postas em prática nas aulas de língua
portuguesa. Para tanto, fez-se necessário identificar quais são as políticas
linguísticas existentes para a Libras, bem como verificar como ocorrem as aulas de
língua portuguesa nessas escolas que possuem alunos surdos e, por fim, comparar
e descrever o que está no papel e o que acontece na prática, buscando refletir sobre
a realidade das políticas linguísticas voltadas para a Libras no ensino educacional do
Estado. Realizou-se, então, uma pesquisa do tipo qualitativa e descritiva, na
perspectiva de uma pesquisa de campo. Diante disso, verificou-se que 1) apesar de
ter havido mudanças significativas no ensino de Libras devido às leis e decretos
aprovados, ainda há uma crença nas políticas linguísticas traçada pelo mito de que o
Brasil é um país monolíngue e com isso tem-se um favorecimento da língua
portuguesa em relação às outras línguas; 2) há uma incompreensão por parte dos
sistemas de ensino no que diz respeito a entender que somente a presença do
intérprete em sala de aula não é suficiente para integrar o aluno surdo e 3) falta uma
política que viabilize a formação desses professores que atuam em sala com alunos
surdos, além de uma proposta educacional bilíngue como direito no contexto
escolar, não só para os alunos surdos, mas também para os ouvintes, o que impõe a
constatação de que tivemos avanços consideráveis no decorrer do tempo, mas
ainda caminhamos a passos lentos no que diz respeito a um ensino que atenda às
necessidades dos alunos surdos.