Article
Kuma ku nó pudi aprendi na djugos ku brincadeiras de Guiné-Bissau: possiblidades de ensino/aprendizagem
Autor
Cá, Natália Ernesto
Resumen
CÁ, Natália Ernesto. Kuma ku nó pudi aprendi na djugos ku brincadeiras de Guiné-Bissau: possiblidades de ensino/aprendizagem. 2020. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2020. O presente Artigo se refere ao trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia tendo como objetivo principal compreender como jogos e brincadeiras tradicionais da Guiné-Bissau podem contribuir pedagogicamente para o processo de ensino/aprendizagem das crianças na idade escolar. O currículo escolar guineense constitui-se ainda numa educação baseada na reprodução do conhecimento “já pronto”, a partir dos livros didáticos. Os jogos e brincadeiras tradicionais guineenses são colocados aqui como possíveis recursos pedagógicos, mas ainda não utilizados nas escolas com esse fim. Portanto, destaca-se a relevância desta pesquisa, no sentido que apresenta outras possiblidades de ensino/aprendizagem através do lúdico, propondo o uso dos jogos e das brincadeiras tradicionais, como forma de descolonialidade do currículo vigente no nosso sistema de ensino. Assim constitui-se, também, uma forma de resgate, preservação e valorização dos mesmos. Metodologicamente, optamos por um estudo de carácter qualitativo, apoiado pela investigação bibliográfica e por uma coleta de dados realizada com estudantes universitários guineenses. Utilizou-se como instrumento a entrevista semiestruturada, fazendo coleta de relatos memorialísticos dos participantes. Estrategicamente, escolheu-se a língua kriolo para as entrevistas, o que possibilitou uma maior exploração dos conteúdos. Conclui-se, fazendo uma breve análise e exploração dos principais jogos tradicionais da Guiné-Bissau citados nas entrevistas, e apontando-os como possíveis recursos pedagógicos, relacionando-os com diferentes áreas de conhecimento, ou seja, componentes curriculares.