Monograph
A reforma psiquiátrica e a restruturação da assistência
marco histórico e desafios da política de saúde mental no Brasil e no Ceará
Registro en:
ADEODATO, A. I. (2018)
Autor
Adeodato, Antônia Iara
Resumen
ADEODATO, Antônia Iara. A reforma psiquiátrica e a restruturação da assistência: marco histórico e desafios da política de saúde mental no Brasil e no Ceará. 2018. 31 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização em Saúde da Família, Instituto de Ciências da Saúde - Ics, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Redenção, 2018. Neste trabalho, busca-se discutir a constituição da Política de Saúde Mental, destacando sua
trajetória e seu arcabouço político-normativo no cenário brasileiro e cearense. De modo particular,
pretende-se: 1) identificar o contexto político e social de formulação e implementação da atual
política de assistência psiquiátrica; 2) promover uma reflexão sobre os propósitos e as ações que
orientam a Reforma Psiquiátrica brasileira; 3) avaliar o processo de estruturação da assistência
psiquiátrica no cenário cearense e brasileiro; 4) realizar um levantamento da legislação
relacionada à Política Nacional de Saúde Mental. Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico e
integrativo com abordagem sistematizada e qualitativa. Os resultados apontaram que na década
de 1990 a sociedade brasileira passou por significativas transformações políticas, econômicas,
sociais e culturais. Neste período, a Reforma Psiquiátrica se tornou política pública no Brasil,
sucedendo um conjunto de ações governamentais nas três esferas federativas. Contudo,
verifica-se que embora tenha ocorrido a diminuição das internações psiquiátricas e a ampliação
dos serviços substitutivos, os equipamentos da rede de atenção psicossocial enfrentam muitos
desafios para seu efetivo funcionamento. Neste sentido, conclui-se que apesar da reorientação do
modelo de assistência psiquiátrica encontrar-se em estágio avançado, as práticas representativas
do paradigma hospitalocêntrico ainda estão presentes no cotidiano dos portadores de transtornos
mentais, sendo corroboradas, inclusive, com uma série de medidas político-jurídicas de restrição
de direitos.