Artigo
Demandas em saúde de escolares com e sem deficiência em Redenção no Ceará
Registro en:
NOGUEIRA, T. S. (2017)
Autor
Nogueira, Talita da Silva
Resumen
NOGUEIRA, Talita da Silva. Demandas em saúde de escolares com e sem deficiência em Redenção no Ceará. 2017. 28 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Redenção, 2017. A promoção da saúde é constituída por um conjunto de estratégias e formas de se produzir
saúde. Com relação a promoção a saúde do adolescente, torna-se necessário compreender as
suas demandas e necessidades afim de subsidiar estratégias de melhoria do cuidado
envolvendo o protagonismo juvenil. O trabalho teve como objetivo geral identificar as
principais demandas em saúde, de escolares com e sem deficiência, no município de
Redenção, CE. O estudo caracteriza-se como exploratório, descritivo, com abordagem
quantitativa. Os dados foram coletados no período de fevereiro a março de 2017, com 113
adolescentes, dentre eles 10 alunos com deficiência, por meio de um questionário estruturado
com questões sobre o conceito de saúde, ser saudável, curiosidades em saúde, religião e
sexualidade. Os dados objetivos foram processados com o software Epi Info. Aplicou-se
estatística descritiva com apresentação de frequências absolutas e relativas. Os aspectos
éticos foram respeitados e a pesquisa apresenta anuência do Comitê de Ética. Após coleta,
houve predominância do sexo feminino (69,90%), faixa etária dos alunos entre 11 e 17 anos
e a religião católica (60,19%) foi a predominante. Dos alunos com deficiência, oito tinham
deficiência intelectual, um com síndrome de Down e um com baixa visão. Sobre os riscos
em saúde, 50,49% não praticam nenhum exercício físico, e 82,52% relataram não ter
ingerido bebida alcóolica, inclusive os alunos com deficiência em sua totalidade. Sobre o
conceito de saúde, 82,52% a entendem como um completo bem-estar físico, mental e social,
e não apenas como a ausência de doenças. A internet foi o meio de propagação mais utilizado
para divulgação dos assuntos em saúde, contabilizando 49,51% das respostas, seguidos da
televisão com 33,01%. Para os alunos com deficiência foi a televisão. Sobre as temáticas
que despertam mais curiosidade nos alunos, pode-se citar: as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (23,30%), sexualidade e métodos contraceptivos (14,56%), álcool e drogas
(13,59%) e obesidade (17,485%). Sobre o repasse das informações, panfletos (52,43%) e
palestras (43,69%) foram as mais escolhidas pelos alunos. Sobre sexualidade, 51,46% dos
alunos marcaram que não namoraram, e uma maioria significante de 90,29% dos alunos,
afirmaram não ter relação sexual. Os alunos com deficiência apresentaram resultados
semelhantes. Com os resultados obtidos torna-se possível auxiliar os adolescentes com e sem
deficiência a intervir em suas reais necessidades, os estimulando na adoção de medidas
saudáveis, ampliando o conceito de saúde e proporcionando maior empoderamento. A
escola, em aproximação com os serviços de saúde, se torna uma grande aliada para a
promoção da saúde com práticas educativas, construindo espaços para divulgação de
informação, trocas de experiência, esclarecimento de dúvidas, com intuito de que os
adolescentes se tornem cada vez mais capazes de tomar decisões conscientes.