Monograph
O estigma da Hanseníase e a política de confinamento
Registro en:
CARLOS, V. L. F. (2014)
Autor
Carlos, Vera Lúcia Fernandes
Resumen
CARLOS, Vera Lúcia Fernandes. O estigma da Hanseníase e a política de confinamento. 2014. 63 f. TCC (Graduação) - Curso de Bacharelado em Humanidades, Instituto de Humanidades, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Redenção, 2014. Nesta monografia vou tentar descobrir a origem do estigma da hanseníase no Centro de convivência Antônio Diogo. A hanseníase é uma doença causada pelo mico bacterium leprae, descoberto por Amauer Gerhard Henrik Hansen, em 1873. Trata-se de uma patologia infectocontagiosa de evolução prolongada e quando não é identificada e tratada pode causar deformidade física. A hanseníase legitimou a exclusão de pessoas em todas as partes do mundo. Causando medo na população, sendo associada a castigo e ao sobrenatural. No Ceará foi igualmente, discriminatório e excludente. Como a Ciência demorava em encontrar o tratamento e a cura, o Estado procurou afastar da sociedade todos os morféticos, provocando estigma e preconceito. Na Bíblia Sagrada, antigo testamento em Levítico, descreve-se que o sacerdote ficara responsável por diagnosticar os doentes e afastá-los do resto da comunidade. Duas Leis no Brasil relacionadas a doença foram criadas em perspectivas distintas. A primeira, Lei Federal nº 610/1949, que justificava isolamento compulsório. Em 1981, foi fundado o MORHAN (Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase), que através dos movimentos sociais conseguiram a aprovação da Lei Federal nº 11.520/2007, que dispõe pensão vitalícia para os adultos que sofreram isolamento compulsório