Dissertation
Educação escolar indígena e biodiversidade de plantas medicinais: um estudo na Comunidade Indígena kanindé-Aratuba no Maciço de Baturité-CE.
Registro en:
SOUSA, L. M. (2019)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2154
Autor
Sousa, Luana Mateus de.
Resumen
SOUSA, Luana Mateus de. Educação escolar indígena e biodiversidade de plantas medicinais: um estudo na Comunidade Indígena kanindé-Aratuba no Maciço de Baturité-CE. 2019. 100 p. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociobiodiversidade e Tecnologias sustentáveis (MASTS). Instituto de Engenharia e Desenvolvimento Sustentável – IEDS, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, 2019. Este estudo busca compreender os saberes sobre plantas medicinais e a possível relação com o
currículo da escola indígena Kanindé de Aratuba-CE. O estudo da riqueza biológica relacionada as
plantas medicinais em comunidades tradicionais, associado ao currículo escolar de uma escola
indígena, torna-se uma importante questão a ser investigada por estar ligada a uma sociodiversidade
que envolve povos com visões, saberes e práticas culturais próprias. Em relação ao uso terapêutico
das plantas, tais saberes e práticas estão intrinsicamente relacionados aos territórios, bem como a
seus recursos naturais, possibilitando um desenvolvimento sustentável e a reprodução
sociocultural, educacional e econômica. As comunidades indígenas fazem uso da flora medicinal
para diversas finalidades, pois compreendem a natureza como o principal lócus de acesso à saúde
por meio da interação física e espiritual com o ambiente. Para o desenvolvimento desse estudo,
utilizou-se de abordagem qualitativa, por meio do estudo de caso na comunidade indígena Kanindé
de Aratuba/CE. Inicialmente, pesquisou-se na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
– BDTD trabalhos que pudessem subsidiar este estudo. Em seguida, realizaram-se visitas e
entrevistas na comunidade para conhecer e compreender a utilização das plantas pelos indígenas.
As pesquisas na BDTD demonstraram a ausência de trabalhos com foco no que esta pesquisa se
propõe. Durante as visitas à comunidade constatou-se que há a utilização de plantas com fins
terapêuticos, ao analisar os usos e as dinâmicas que envolvem a relação dos Kanindé com as plantas
é possível notar um movimento de valorização da medicina tradicional com base na utilização das
plantas através da criação do centro de medicina tradicional. Além da construção do referido centro
é possível visualizar esse diálogo nos componentes curriculares da escola indígena Manuel
Francisco dos Santos através da criação dos eixos temáticos abordados pela escola que se
configuram como elementos essenciais à valorização, perpetuação e ao reconhecimento dos saberes
indígenas para as novas gerações.