Dissertation
Aplicativo móvel para enfermeiros sobre manejo clínico de infecções sexualmente transmissíveis
Registro en:
SOUSA, I. M. (2022)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3643
Autor
Sousa, Ismael Moreira de
Resumen
SOUSA, Ismael Moreira de. Aplicativo móvel para enfermeiros sobre manejo clínico de infecções sexualmente transmissíveis. 2022. 180 f. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem ((PPGENF). Instituto de Ciências da Saúde – ICS, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, 2022. O comportamento de risco, em especial a falta do uso do preservativo, associado
ao manejo clínico ineficaz, que compromete a quebra da cadeia de transmissão, têm
aumentado o número de Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). Em relação ao HIV, uma IST de notificação compulsória, estima-se que 8% da população infectadas residem nos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Aproximadamente 12.000 infecções novas ocorrem em crianças de 0 a 14 anos nos países lusófonos. E em adultos de 15 a 49 anos a prevalência é mais alta em Moçambique (10% da população vive com HIV). Guiné-Equatorial e Guiné-Bissau apresentou prevalência de mais de 3% nessa mesma população, enquanto em Angola a prevalência é de quase 2%. E o Brasil foi um dos primeiros países a demonstrar preocupação com políticas públicas relacionadas a IST. Considerando o amplo cenário de atuação da Enfermagem e a utilização das tecnologias, é concebível afirmar nesse momento que a utilização dessas possa ser implementadas em demandas específicas a partir daquilo que é experienciado na prática. Como tecnologia para aplicação na prática do cuidado, o aplicativo móvel uma estratégia de educação permanente frente o processo de trabalho, e possibilita que esse enfermeiro seja sujeito ativo quanto à percepção da problemática observada em sua realidade e possa sugerir meios para solução. Frente a isso, esse estudo objetivou construir e validar um aplicativo móvel para subsidiar o enfermeiro para o manejo clínico de IST. Tratando –se de uma pesquisa metodológica, o estudo foi desenvolvido em três fases: (1) avaliação de
aplicativos móveis disponíveis para nas plataformas Android e iOS que subsidiem o
manejo clínico das IST; (2) construção do aplicativo móvel e (3) validação do aplicativo
móvel. Na primeira fase foram selecionados 41 aplicativos das plataformas Play Store e
App Store, contudo, nenhum deles expressou usabilidade para apoio ao enfermeiro
durante o manejo clínico de IST. Para a segunda fase, a construção do aplicativo IST
Nurse foi seguiu quatro etapas: (1) análise e definição de requisitos; (2) definição do
conteúdo; (3) representação computacional e (4) codificação. Esse processo originou um protótipo codificado em linguagem de programação específica por três equipes: de
análise, de design e de desenvolvimento. Após a construção, seguiu-se a fase de validação de conteúdo, usabilidade e desempenho funcional, que contou com sete juízes nas duas primeiras e três na última. As respostas desses juízes foram analisadas estatisticamente, e assim foi apresentado I-IVC, S-IVC e realizado teste binomial, apresentando concordância acima de 85%, o que permite inferir que o software construído foi considerado válido quanto ao seu conteúdo apresentado direcionado ao usuário final (enfermeiro), a sua aparência, envolvendo os passos e possibilidades de resolutividade para a prática assistencial no que tange a usabilidade, e seu desempenho funcional. Feito isso, o aplicativo apresenta-se válido com poucas sugestões para ajuste. Esses achados solidificaram o caráter inovador dessa pesquisa no que se refere a disponibilização futura de uma tecnologia que poderá causar impacto positivo para a consulta de Enfermagem em IST.