Dissertação
Efetividade da Irradiação Ultrassônica no Tratamento de Feridas em Pacientes Acompanhados no Serviço Hospitalar
Registro en:
MORORÓ, D. G. A. (2018)
Autor
Mororó, Darrielle Gomes Alves
Resumen
MORORÓ, Darrielle Gomes Alves. Efetividade da irradiação ultrassônica no tratamento de feridas em pacientes acompanhados no serviço hospitalar. 2018. 82 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado Acadêmico em Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Acarape-Ceara, 2018. As lesões de pele acometem a população de forma geral acarretando um problema de saúde
pública. A terapia ultrassônica tem sido preconizada como uma tecnologia coadjuvante no
processo de cicatrização de feridas devido seus predominantes efeitos atérmicos
potencializando a imersão das tecnologias no processo do cuidado em saúde fazendo-se cada
vez mais presente na prática da enfermagem. O estudo teve como objetivo avaliar a
efetividade da irradiação ultrassônica como uma tecnologia em saúde no processo de
cicatrização de feridas de pacientes em atendimento hospitalar na cidade de Aracoiaba/CE.
Trata-se de um estudo de avaliação tecnológica em saúde da intervenção com a irradiação
ultrassônica de baixa intensidade por se tratar da sua utilização em tecidos superficiais com
delineamento antes e depois da intervenção, alinhado ao desenho metodológico longitudinal
com o acompanhamento das lesões na aplicação do ultrassom. A população do estudo foi
constituída por pacientes com lesões de pele em membros inferiores internadas e/ou
acompanhadas na unidade hospitalar no primeiro e segundo semestre de 2017. A intervenção,
aplicação do ultrassom, foi realizada de forma não aleatória e por conveniência temporal,
sendo os pacientes avaliados em dias alternados. Foram analisadas as variáveis: área da lesão
(em cm2), características clínicas dos pacientes, características da ferida e abordagem
terapêutica utilizada pela equipe. Respeitado os aspectos éticos com a CAEE: 1.049.373.
Foram avaliados 14 pacientes com um total de 17 lesões, a maioria pé diabético (35,3%) e
lesão por pressão (29,4%). Houve predomínio do sexo masculino, pardos e analfabetos e uma
média de idade de 59,9 anos. A média da área das feridas eram inicialmente 64,18 cm2, 43,65
cm2, na quinta avaliação e 27,18 cm2 da décima avaliação com o uso do ultrassom. Houve
diferença estatística na redução da área das lesões, da avaliação inicial para a quinta aplicação
do ultrassom (t=2,89) e da quinta aplicação para a décima (t=3,32). A dor houve melhora de
18,8% antes da intervenção para 62,5% depois da intervenção. A cicatrização total da lesão
ocorreu duas feridas. Concluímos que a intervenção com o ultrassom para tratamento de
feridas acelerou o processo de cicatrização, com ênfase na melhora da dor no local da lesão.