Trabalho de Conclusão de Curso
A criminalização da pobreza no sistema carcerário brasileiro
Registro en:
PAULA, Lucas Tatsch de. A criminalização da pobreza no sistema carcerário brasileiro. 86p. 2020. Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação em Serviço Social) - Universidade Federal do Pampa, Campus São Borja, São Borja, 2020.
Autor
Paula, Lucas Tatsch de
Institución
Resumen
This course completion work deals with the question of the prison population under
the structural look that makes up the capitalist management model, In this sense, the
process of criminalizing poverty and encouraging the criminal state as direct
responses of the State in the treatment of social poverty derived from the process of
capitalist reproduction resulting in the process of mass imprisonment is discussed.
The relationship of the neoliberal management model is also discussed in this work
and how it encourages and needs the criminal and vigilant State in the face of the
precarizations caused by this model, in this way the increase of punitive surveillance
is questioned as it is also attempted to explain the reasons for individual actions the
recurrence of the criminal act as a form of survival, within a model in which it does
not provide a level playing field and which on the other hand is used by the State's
surveillance apparatus, without actually ending crime and much less improving living
conditions for those who experience the most diverse expressions of the social
question. O presente trabalho de conclusão de curso trata da questão da população carcerária
sob o olhar estrutural que compõe o modelo de gestão capitalista, nesse sentido,
debate-se o processo da criminalização da pobreza e incentivo do Estado penal
como respostas diretas do Estado no tratamento das mazelas sociais derivadas do
processo de reprodução capitalista resultante no processo de encarceramento em
massa. Também se discute nesse trabalho a relação do modelo de gestão neoliberal
e como este incentiva e necessita do Estado penal e vigilante em face das
precarizações que por este modelo são causadas, desse modo questiona-se o
aumento da vigilância punitiva tal como também tenta-se explicitar a razões pela
qual ocorre por ações individuais a recorrência ao ato criminal como forma de
sobrevivência, dentro de um modelo em que não proporciona condições de
equidade e que em contrapartida utiliza-se dos aparelhos vigilantes do Estado, sem
de fato acabar com a criminalidade e muito menos melhorar as condições de vida
para aqueles que vivenciam as mais diversas expressões da questão social.