This work aims to address the struggle of Russian women during the Revolution of 1917, highlighting their role and their revolutionary demands. Thus, it becomes explicit how the revolutionaries can be used as an effective dialectical reference to the International Relations’ approach. Through focusing on the similarity of the circumstances to which revolutionary women were submitted during the establishment of the new regime, it is possible to compare the arbitrariness of a traditionalist political class, mainly composed by men, to the blatant negligence for causes regarding feminism in the more conservative approaches of IR. Also, it seeks to illustrate the lack of range for a discussion between those who demonstrate a skeptical alignment towards progressive measures and feminists. The feminists' main goal was, and it still is, to structure social transformation, in order to give women a voice and prevent the great misconceptions that end up denying their demands. Therefore, in order to achieve the research’s goal, this work was constructed by a descriptive-historical and comparative analysis. In this sense, it is mainly based on feminist works about the Russian Revolution, resorting to primary and secondary sources (bibliographical) to build the research. In this way, it shows that the roots of an oppressive perspective are capable of silencing women in their academic manifestations and historical influence, even if they participate in a latent contribution to social studies such as the Russian Revolution. In this manner, it analyses the importance of a new perspective to be assembled in order to develop and guarantee not only the rights of women but also to promote a more inclusive and multiple prospects of social dynamics in the contemporary world. Finally, it is hoped that this work will denounce the silencing of women in the international system and its total incapacity to overcome the glaring catastrophic results without a complete epistemological renovation that seeks to be an appreciation of the female voice and its constant skirmish for a bright and clear future that recognizes their demands, which accumulate day after day.Este trabalho tem com objetivo abordar a luta das mulheres russas, notabilizando o seu papel e garantindo a consolidação de suas demandas no que diz respeito a Revolução de 1917. Por esse ângulo, é explicitada a maneira com que as revolucionárias podem servir como uma referência dialética efetiva na abordagem das Relações Internacionais, bem como destacada a similitude das circunstâncias a que estas foram submetidas durante todo o processo de estabelecimento do novo regime – frente a arbitrariedade de uma classe política majoritariamente formada por homens, tradicionalista, que cerceava o alcance de discussões de gênero tão preciosas à libertação da mulher – com o descaso flagrante para com causas relativas ao feminismo nas abordagens mais conservadoras das RI. Além disso, busca-se ilustrar a falta de espaço para a discussão entre aqueles que demonstram um alinhamento contrário às pautas progressistas e as feministas, que tem como principal objetivo possibilitar uma estrutura de transformações sociais, assim como dar voz às mulheres, impedindo os grandes equívocos que resultam no aviltamento das demandas feministas. De maneira a cumprir com o objetivo de pesquisa, portanto, o presente trabalho foi construído a partir da análise histórica-descritiva e comparativa. Nesse sentido, conta principalmente com a aplicação de obras feministas e referentes à Revolução Russa, recorrendo a fontes primárias e secundárias (bibliográficas) para a concepção da pesquisa. Desse modo, verifica-se que as raízes de epistemologia e perspectiva opressoras são capazes de silenciar mulheres em suas manifestações acadêmicas e de acordo com sua influência histórica, ainda que resultem numa latente contribuição para avanços sociais das mais diferentes naturezas como a Revolução Russa. É colocada em perspectiva, portanto, a importância de um novo olhar a ser construído em prol do desenvolvimento e garantia não apenas dos direitos das mulheres, promovendo uma leitura mais inclusiva e múltipla das dinâmicas sociais do mundo contemporâneo. Por fim, almeja-se que esse trabalho disseque e denuncie o silenciamento das mulheres no sistema internacional e a total incapacidade de superar seus flagrantes resultados catastróficos sem uma total renovação epistemológica, que sirva como uma apreciação da voz feminina e da sua constante luta em prol de um futuro mais lhano e desobstruído a suas demandas, que se acumulam dia após dia.