Trabalho de Conclusão de Curso
A ONU e o genocídio de Srebrenica
The ONU and the Srebrenica genocide
Registro en:
SILVA, Cristiane Barboza Lopes da. A ONU e o genocídio de Srebrenica. 87 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais), Universidade Federal do Pampa, Santana do Livramento, 2021.
Autor
Silva, Cristiane Barboza Lopes da
Institución
Resumen
This work aims to analyze the mistakes made during the peacekeeping mission
conducted by the United Nations Protection Force (UNPROFOR) in the Bosnian War
(1992-1995) that might have made possible the occurrence of a genocide that killed
approximately 8,000 men and boys in an area that was under its protection. Our
hypothesis was that structural problems of the battalion allied to its pacifying
characteristic, with the use of light weapons and without a mandate to use force except
for self-defense, would have made it possible for the Bosnian Serbs to take over the
city. This explanation proved to be partly adequate, however, the issue is more
complex than that, also involving interests of the countries of the UN Security Council
and political decision-making disconnected from the reality of the conflict on the
ground. It is a bibliographic and descriptive research that explores the academic
production related to the theme, as well as documents published about the massacre,
aiming to investigate and describe the events that took place in the enclave. To better
portray the subject, we summarize the history of the Balkans, the region in which the
city is located, and reconstruct the formation of the former Yugoslavia until its
fragmentation in the early 1990s, seeking to present the ethnic and cultural multiplicity
of the region and how this element was used to generate the hatred that resulted in
the first genocide in European lands after the Second World War. Este trabalho visa analisar os equívocos cometidos na missão de paz conduzida pela
Força de Proteção das Nações Unidas (UNPROFOR) durante a Guerra da Bósnia
(1992-1995) que possibilitaram a ocorrência de um genocídio que vitimou
aproximadamente 8000 homens e meninos em uma área que estava sob sua
proteção. Nossa hipótese era de que problemas estruturais do batalhão aliados a sua
característica pacificadora, com a utilização de armamento leve e sem mandato para
uso da força exceto para legítima defesa, teriam possibilitado a tomada da cidade
pelos sérvio-bósnios. Essa explicação mostrou-se em parte adequada, porém, a
questão é mais complexa do que isso, envolvendo ainda interesses dos países do
Conselho de Segurança da ONU e tomadas de decisão políticas desconectadas com
a realidade do conflito em terra. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva
que explora a produção acadêmica relativa ao tema, bem como documentos
divulgados sobre o massacre, visando investigar e descrever os fatos que se
passaram no enclave. Para melhor retratarmos o assunto, fazemos um histórico dos
Bálcãs, região em a cidade se encontra, e reconstituímos a formação da antiga
Iugoslávia até sua fragmentação a partir de 1990, procurando apresentar a
multiplicidade étnica e cultural da região e como esse elemento foi utilizado para gerar
o ódio que se traduziu no primeiro genocídio em terras europeias após a Segunda
Guerra Mundial.