Avaliação das águas superficiais sob uso e ocupação na sub-bacia do Rio Candeias/RO-Amazônia Ocidental
Registro en:
MARTINS, Alessandra da Silva. Avaliação das águas superficiais sob uso e ocupação na sub-bacia do Rio Candeias/RO-Amazônia Ocidental. 2009. 123 f. : il. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional em Meio Ambiente, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2009.
Autor
Martins, Alessandra da Silva
Bernardi, José Vicente E.
Institución
Resumen
Dissertação de Mestrado apresentada junto ao
Programa de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente,
Área de Concentração em Monitoramento
Ambiental, para obtenção do Título de Mestre
em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente. Orientador: Prof. Dr. José Vicente E. Bernardi O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das águas superficiais na
sub-bacia do rio Candeias sob influência antrópica, tais como mineração, pecuária e
influência urbana e industrial. A sub-bacia ocupa uma superfície de aproximadamente
13.200Km2
, distribuída pelos municípios de Porto Velho, Candeias do Jamari,
Ariquemes, Alto Paraíso, Itapuã d’ Oeste, Buritis, Monte Negro e Campo Novo de
Rondônia. As amostras de água foram coletadas no período de seca em 34 localidades,
abrangendo os rios Candeias, Santa Cruz, Preto, Ambição e Barra do Garça. Foram
determinados os parâmetros físico-químicos (turbidez, condutividade elétrica, pH e
oxigênio dissolvido) in loco, DQO por titulometria, nutrientes (fósforo total, ortofosfato
e amônia) através do método colorimétrico e coliformes fecais por membrana filtrante.
O maior valor de turbidez foi registrado no rio Ambição e afluente Santa Cruz, sob
influência de mineração (garimpo de Bom Futuro). A condutividade apresentou
destaque no rio Ambição e em alguns locais (CD9, CD10, ACD1, ACD3, SC1 e SC3)
sob influência de pecuária e de mineração. As maiores concentrações de oxigênio
dissolvido foram encontradas no rio Candeias. Com relação aos valores de oxigênio, o
rio Candeias apresentou as maiores concentrações, mostrando que mesmo sob
influência urbana e industrial há um processo de autodepuração. As águas da sub-bacia
se mostraram levemente ácidas, como são encontradas na região Amazônica. Os
coliformes fecais enquadraram-se na categoria de satisfatória a imprópria no sistema
aquático para balneabilidade conforme a resolução CONAMA 274/2000 e imprópria
para ingestão, de acordo com o MS (2004) que estabelece que deve haver ausência
destes microrganismos. Em geral, as variáveis físico-químicas e nutrientes mostraramse
abaixo dos padrões estabelecidos pela resolução CONAMA 357/2005. Os dados
foram submetidos à duas análises de componentes principais: a primeira somente com
os parâmetros físico-químicos, separou os tipos de águas em claras e pretas e a segunda,
com todos os parâmetros, mostrou os grupos sob os tipos de uso e ocupação e influência
de cada variável na mesma. Pode-se dizer que a sub-bacia do rio Candeias, mesmo com
baixos valores para as variáveis, está sendo submetida à pressão antrópica.