Análise de micronúcleos em células esfoliadas do colo uterino de mulheres portadoras de DST´s e outros fatores de risco para o desenvolvimento de câncer cervical
Registro en:
SILVA, Fabio Gabriel da. Análise de micronúcleos em células esfoliadas do colo uterino de mulheres portadoras de DST´s e outros fatores de risco para o desenvolvimento de câncer cervical. 2010. 72 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2010.
Autor
Silva, Fabio Gabriel da
Luz, Francisca Luz
Institución
Resumen
Dissertação apresentada ao Programa de Pos
Graduação em Biologia Experimental da
Universidade Federal de Rondônia – UNIR -
NUSAU, para obtenção do titulo de mestre em
biologia. O câncer cervical é o segundo mais comum entre mulheres no mundo e a cada ano
são registrados novos casos. O papiloma vírus humano (HPV) apresenta um papel
central na carginogênese do colo uterino e vários fatores a ele associados, como as
DSTs. Esses fatores podem interagir com as oncoproteínas e outros elementos do
HPV, potencializando sua ação na célula hospedeira e facilitando o
desenvolvimento do processo de imortalização celular e carginogênese. Os
micronúcleos são estruturas formadas por fragmentos ou cromossomos inteiros
resultantes da ação de fatores que podem danificar o material genético. Assim, o
teste de micronúcleo (MN) é uma técnica fácil e rápida que pode ser usada para
fazer o diagnóstico precoce do câncer antes da instalação dos sintomas.
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi analisar e quantificar a frequência de
micronúcleos no material proveniente das células da mucosa cervical de pacientes
submetidas ao exame citopalógico. Foram analisadas 112 com idades variando
entre 15 a 69 anos mulheres submetidas ao exame citopatológico em diferentes
Postos de Saúde da cidade de Porto Velho-RO. Resultados: Os resultados obtidos
mostraram que a freqüência de micronúcleos nas células esfoliadas cervicais das
mulheres com lesões na cérvix causadas por HPV foi de 19,58% e quando
comparada ao controle a diferença foi estatisticamente significativa p= 0,0002,
Kruskal-Wallis. A análise de micronúcleo nos casos de neoplasia intaepitelial cervical
(NIC) quando comparada ao controle apresentou p=0,0035<p=0,05, o que
caracteriza que este fator está atuando de forma positiva na indução de MN. Os
outros fatores estudados não tiveram ação significativa na indução de MN quando
comparadas aos controles. CONCLUSÃO: Concluímos que a infecção por HPV e a
infecção por NIC I tiveram ação na quebra da molécula do DNA evidenciado pelo
aumento na freqüência de micronúcleos em relação aos controles, o que pode
demonstrar uma ação crucial desses fatores na transformação das células
neoplásicas que caracterizam o câncer uterino. Os outros fatores analisados (uso de
anticoncepcional oral, etilismo e o aumento no número de gestações, tabagismo,
cocos, bacilos e multiplicidade de parceiros), quebraram o DNA, induzindo a
formação de micronúcleos, mas não obtiveram resultados estatisticamente
significante.