Prostaglandina E2 na ovulação de camundongas pré-puberes
Registro en:
ANDRADE, Jéssica de Souza. Prostaglandina E2 na ovulação de camundongas pré-puberes. 2017. 48 f. : il. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2017.
Autor
Andrade, Jéssica de Souza
Pfeifer, Luiz Francisco Machado
Institución
Resumen
Dissertação de mestrado apresentada junto ao
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente, Área de Concentração
em Ambiente, Saúde & Sustentabilidade, para
obtenção do Título de Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente. O estudo das interações hormonais que definem o sucesso no processo de ovulação e concepção em mamíferos são pontos-chave para entender os eventos que controlam a reprodução e também no desenvolvimento de novos métodos e técnicas que visam aumentar a produtividade de animais de interesse zootécnico. Em mamíferos, a prostaglandina E2(PGE2) atua em diversos tecidos e diferentes processos biológicos, servindo também como mediadora de eventos envolvidos na ovulação e na maturação de oócitos. Entretanto, ainda não existem estudos utilizando a PGE2 como indutor de ovulação em mamíferos pré-púberes. O objetivo dessa dissertação foi estudar os efeitos da PGE2 no tecido ovariano e, experimentalmente, avaliar o efeito da PGE2 na ovulação de camundongas pré-púberes. Dessa forma, a primeira parte da dissertação contempla uma revisão bibliográfica acerca da participação das prostaglandinas nos diferentes eventos ovarianos e a segunda parte está descrita, em forma de artigo, sobre as atividades experimentais realizadas durante o mestrado. Estes estudos foram realizados para testar a hipótese de que a PGE2 injetável induz a ovulação em camundongas pré-púberes. Para tanto, 3 estudos foram realizados. No primeiro estudo, foram utilizadas camundongas BALB/c pré-púberes, tratadas com 5 UI de eCG, intraperitoneal (i.p.), no Dia 0. No Dia 2, as camundongas foram divididas aleatoriamente em 3 grupos, para receberem via i.p.: 0.5 mL de PBS (n=31), 5μg de GnRH (n=32)e 25 μg de PGE2 (n=33). No Dia 3, as camundongas foram mortas e os ovidutos foram coletados para contagem de oócitos por meio da lupa estereomicroscópica. A proporção de camundongas que ovularam e o número de oócitos ovulados foi maior no grupo GnRH em comparação com fêmeas que receberam PBS e PGE2 (P=0.001). No estudo 2, foi realizado um experimento piloto de dose-resposta para definir a concentração de PGE2capaz de induzir ovulação. Foram utilizadas camundongas BALB/c pré-púberestratadas de forma similar ao estudo 1, entretanto, no Dia 2 foramseparadas aleatorimamente entre seis grupos para receberem: 0.5 mL de PBS (n=3), 5 μg de GnRH (n=3), 25 μg de PGE2 (n=3), 50 μg de PGE2 (n=3), 150 μg de PGE2 (n=3), 250 μg de PGE2 (n=3). Não houve diferença no número de camundongos fêmeas que ovularam e o número de oócitos ovulados nas fêmeas tratadas com GnRH e 250 μg de PGE2, e ambos os grupos apresentaram diferenças em relação ao grupo PBS (P<0.001). O estudo 3 foi realizado para comparar a melhor dose-resposta de PGE2, obtida no estudo 2, com o GnRH. Neste estudo foram utilizadas camundongas BALB/c pré-púberes, que foram tratadas de forma similar ao estudo 1, entretanto, no Dia 2 foram separadas aleatorimamente para receberem: 0.5 mL de PBS (n=18), 5 μg de GnRH (n=16) e 250 μg de PGE2 (n=16). A proporção de camundongas que ovularam e o número de oócitos ovulados foi maiornas fêmeas tratadas com GnRH e PGE2 quando comparado com aquelas que receberam o tratamento com PBS(P=0.001). Os resultados destes estudos demonstram que a PGE2 na dose de 250 μg induz a ovulação em camundongas pré-púberes.