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Motivação para mudança de comportamento de pacientes diabéticos
Registro en:
PETERMANN, André Luís.Motivação para mudança de comportamento de pacientes diabéticos. 2014. 54 f. Dissertação (Mestrado) - Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Porto Velho, 2014.
Autor
Petermann, André Luís
Calheiros, Paulo Renato Vitória
Institución
Resumen
Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Rondônia-UNIR, como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Ensino em Ciências da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Paulo Renato Vitória Calheiros. Prochascka e Di Clemente em 1977 estudaram e desenvolveram um modelo de avaliação do estado motivacional de mudança de comportamento denominado de Modelo Transteórico (Transtheoretical Model - TTM). O seu principal pressuposto é o fato de que as auto-mudanças bem sucedidas dependem da aplicação de estratégias certas (processos) na hora certa (estágios). A motivação para a mudança de comportamento é um elemento importante no auxilio e adesão ao tratamento médico. Entre outros problemas de saúde pública, destaca-se na atualidade, o avanço da diabetes mellitus em todo o mundo, a despeito de todos os esforços desprendidos para o seu controle. Esta doença tem trazido um grande impacto, seja direta, através de gastos financeiros com medicamentos, internações, gastos previdenciários até custos indiretos e imensuráveis, como impacto na saúde mental deste indivíduo. Com o objetivo de avaliar a motivação para mudança de comportamento entre pacientes diabéticos foi selecionada uma amostra de 106 pacientes escolhidos por conveniência através de amostragem sistemática. Foi aplicado o questionário da General Health Survey, para avaliação da motivação para mudança de comportamento e um questionário semi-estruturado para avaliar variáveis sócio-demográficas. A glicemia sérica e a hemoglobina glicada foram utilizadas para se verificar o controle metabólico da diabetes mellitus. Os resultados indicaram que a maioria dos pacientes era do sexo feminino, casada, com média de idade entre 51 e 60 anos, com o segundo grau completo, e ativas do ponto de vista laboral, com faixa salarial até 2.000,00 reais e com até 5 anos de doença. Observou-se que os pacientes que foram identificados nos estágios de ação e manutenção relataram dieta pobre em gorduras, rica em fibras, frutas e legumes (55,7%); maior capacidade de redução do estresse (34%) e maior frequência de verificação da glicemia capilar com o glicosímetro (26,4%), demostrando uma associação entre motivação e qualidade de vida. Quando foi correlacionada a motivação com a glicemia sérica e hemoglobina glicada, esta apresentou correlação positiva com o controle glicêmico, demonstrando que quanto maior a motivação melhor o controle metabólico. Conclui-se que a motivação para mudança de comportamento entre pacientes diabéticos está relacionada à maior adesão ao tratamento e ao controle glicêmico.