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Avaliação do usuário no período pós-alta da hanseníase: utilização das escalas SALSA e participação social
Registro en:
SANTOS, Cleidilene Luiza dos. Avaliação do usuário no período pós-alta da hanseníase: utilização das escalas SALSA e participação social. 2014. 75 f. Dissertação (Mestrado) - Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Porto Velho, 2014.
Autor
Santos, Cleidilene Luiza dos
Ott, Ari Miguel Teixeira
Institución
Resumen
Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Rondônia-UNIR, como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Ensino em Ciências da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Ari Miguel Teixeira Ott. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica considerada um importante problema de saúde pública no Brasil. A região norte apresenta um coeficiente de detecção geral acima da média do país, sendo que em Rondônia esta taxa em 2010 foi de 58,8 casos/100.000 habitantes, enquanto que o percentual de cura identificado foi de 84,1%. A hanseníase pode ocasionar grande prejuízo na qualidade de vida dos pacientes por ela acometidos, no sentido de limitar as relações interpessoais, causando um agravo no âmbito social e psicológico, originado muitas vezes do prejuízo físico e da limitação de atividades de vida diária, que por sua vez poderiam ter sido anulados ou minimizados por uma assistência com cuidados integralizados e efetivos. Este estudo objetivou avaliar a limitação de atividade funcional, consciência de risco e participação social em pacientes no período pós-alta da hanseníase, atendidos na Referência Estadual de Hanseníase do estado de Rondônia (Policlínica Oswaldo Cruz) através da escala SALSA e escala de participação. Tratou-se de um estudo observacional descritivo de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no primeiro semestre do ano de 2013. Em relação ao escore SALSA, observou-se que nas limitações mais graves (moderada, severa e muito severa) houve um predomínio de mulheres, o teste estatístico revelou uma associação significante entre essas duas variáveis (p=0,013). A maioria dos participantes apresentaram baixa pontuação no escore de consciência de risco, a maioria (55,71%) pontuou no máximo 2. A análise do escore da escala de participação neste estudo revela que 41 (58,57%) dos participantes não apresentaram nenhum grau de restrição. A relação estatística identificada entre o GI-OMS e o escore da escala de participação (p=0,036), pode estar relacionada ao estigma existente no contexto de hanseníase. A análise realizada pelo estudo remete à atual necessidade de esforços do estado em priorizar e intensificar ações de controle da hanseníase, visto o impacto negativo sobre a qualidade de vida dos pacientes por ela acometidos, em especial no período pós-alta.