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Aspectos subjetivos de adolescentes do sexo feminino que vivem em um abrigo de Rondônia
Registro en:
FREDERICHI, Keila Renata de Brito. Aspectos subjetivos de adolescentes do sexo feminino que vivem em um abrigo de Rondônia. 2013. 118 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2013.
Autor
Frederichi, Keila Renata de Brito
Medeiros, Melissa Andréa Vieira de
Institución
Resumen
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientadora: Profa. Dra. Melissa Andréa Vieira de Medeiros. Este trabalho se propôs a refletir sobre a subjetividade de adolescentes inseridas em contexto de acolhimento institucional. Para tanto buscou compreender o processo do adolescer e a singularidade da experiência de viver em abrigo. A prática do acolhimento institucional no Brasil existe desde o período colonial, contudo através de novas legislações vigentes, apresenta-se com outros moldes na atualidade. Muitas leis surgiram para garantir a assistência e o direito de crianças e adolescentes, mas há ainda muito por fazer principalmente no que tange aos estigmas subjetivos relacionados à condição de ser de abrigo. Com base no referencial teórico da Psicologia do Desenvolvimento, utilizou-se a contribuição de autores psicanalistas como Bowlby, Winnicott, Aberastury, Knobel, Matheus dentre outros, a fim de analisar o que significa adolescer na contemporaneidade e o papel das figuras parentais ou substitutas na formação da personalidade do sujeito. Para isso, adotou-se como método a abordagem qualitativa, e como instrumento a entrevista aberta com três adolescentes do sexo feminino com idade entre 14 e 15 anos que estavam institucionalizadas há mais tempo em um abrigo no estado de Rondônia. A análise dos dados foi organizada em categorias temáticas conforme relatos das adolescentes. Constatou-se que atrelado à condição de viver em abrigo está a vergonha e o estigma de serem sujeitos com problemas familiares. Através dos discursos foi possível observar histórias de vida peculiares, porém com vivências semelhantes em relação ao abandono, desamparo, privações, violências e rupturas dos vínculos familiares.