Dissertação
Alfabetização cartografica e metodologias ativas no contexto do ensino remoto
Registro en:
ARNDT, Eva Lopes da Cruz. Alfabetização cartografica e metodologias ativas no contexto do ensino remoto. 2022. 144f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Porto Nacional, 2022.
Autor
Arndt, Eva Lopes da Cruz
Institución
Resumen
To think about any educational process in contemporary Brazil, it is necessary to
consider the adoption of emergency measures demanded by the Sars-CoV2 pandemic
and the social distancing applied in Brazil. There have been worrying changes and the
entire development of the country is being affected and, in education, the functioning
mode that the schools took was the offering of the remote modality. Considering how
most school continuities were established in the country through Ensino Remoto
Emergencial (Emergency Remote Teaching), it is essential to think about the
development of themes that require attention in the early years of Ensino Fundamental
(Elementary School), allowing a gradual and sequential development to be effective
throughout the student's study life. This work sought to identify whether cartographic
literacy is being developed by teachers in the early years of elementary school in
geographic education classes in the context of remote teaching in the State of
Tocantins during the year 2021. The research path started by exploring books,
scientific articles, and other indirect documents and, also, the qualitative and
quantitative analysis of direct documentation prepared from the application of
questionnaires to the studied population group. From the theoretical discussions and
analysis of the speeches of the teachers participating in this research, it was possible
to consider that the adoption of Ensino Remoto Emergencial (ERE) must be
understood in its transience, that is, it must be contextualized in its relationship with
the temporary feature of the pandemic crisis. Thus, the ERE demanded effort from
professionals to adopt tools that were often not part of their daily work and, based on
their practices, the resources and experiences of teachers reveal both the potential of
using digital tools, as well as obstacles to educational development. During the practice
of the ERE, according to the data collected, there was no effective action on the part
of some teachers who used to work with cartography in the classroom, but with remote
teaching stopped working on its concepts. This may show the existing barrier in the
adoption of technologies to explore a topic that is often conditioned by teachers to
practice in the classroom, with maps, charts, measurement tools, drawing, among
others. The Active Methodologies could overcome some difficulties faced in this
pandemic context, but they demand practice both from the teacher in conducting the
experience, and from the students who need material structure to consolidate their
educational development proposed in these methodologies. However, what was
observed is that many of the strategies that teachers adopted were based on lectures,
which goes back to the possibility that planning was systematically transferred from
the traditional face-to-face model to the remote model. There was, therefore, no
reflection on the forms of transition from one model to another in the act of planning
classes. Para pensar sobre qualquer processo educativo na contemporaneidade brasileira é
necessário ponderar sobre a adoção de medidas emergenciais demandadas pela
pandemia de Sars-CoV2 e o distanciamento social aplicados no Brasil. Houveram
mudanças preocupantes e todo o desenvolvimento do país está sendo afetado e, na
educação, a forma de funcionamento que as escolas assumiram foi a oferta de ensino
na modalidade remota. Considerando como foi estabelecida a maioria das
continuidades escolares no país através do Ensino Remoto Emergencial é essencial
pensar o desenvolvimento de temas que exigem atenção nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, permitindo um desenvolvimento gradual e sequencial para ser efetivo
ao longo da vida estudantil do discente. Este trabalho buscou identificar se a
alfabetização cartográfica está sendo desenvolvida pelos professores nos anos
iniciais do ensino fundamental nas aulas de educação geográfica no contexto do
ensino remoto no Estado do Tocantins durante o ano de 2021. O caminho de pesquisa
foi iniciado pela exploração de livros, artigos científicos, e outros documentos indiretos
e, também, a análise qualitativa e quantitativa de documentação direta elaborados a
partir da aplicação de questionários ao grupo populacional estudado. A partir das
discussões teóricas e das análises das falas dos professores participantes desta
pesquisa, pôde-se considerar que a adoção do Ensino Remoto Emergencial (ERE)
deve ser compreendida em sua transitoriedade, ou seja, deve ser contextualizado na
sua relação com o caráter temporário da crise pandêmica. Assim, o ERE exigiu
esforço dos profissionais em adotar ferramentas que, muitas vezes, não faziam parte
do seu cotidiano laboral e, a partir de suas práticas, os recursos e as experiências dos
professores revelam tanto as potencialidades do uso de ferramentas digitais, como
também os obstáculos para o desenvolvimento educacional. Durante a prática do
ERE, segundo os dados coletados, não houve a efetiva atuação por parte de alguns
professores que em sala presencial trabalhavam a cartografia, mas com o ensino
remoto deixaram de trabalhar seus conceitos. Isso pode mostrar a barreira existente
na adoção das tecnologias para explorar um tema que, muitas vezes, está
condicionado pelos docentes à prática em sala de aula, com mapas, cartas,
ferramentas de medição, desenho, entre outros. As Metodologias Ativas poderiam
contornar algumas dificuldades enfrentadas nesse contexto pandêmico, porém
demandam prática tanto do professor em conduzir a experiência, quanto dos
discentes que necessitam de estrutura material para consolidar seu desenvolvimento
educacional proposto nestas metodologias. Porém, o que se observou é que muitas
das estratégias que os professores adotaram foram baseadas em aulas expositivas,
o que remonta à possibilidade de que o planejamento foi sistematicamente transferido
do modelo presencial tradicional para o modelo remoto. Não houve, assim, uma
reflexão sobre as formas de transição de um modelo para outro no ato de planejar as
aulas.