Geolinguística dos povos indígenas do estado do Tocantins
Registro en:
SANTOS, Luciana Silva dos. Geolinguística dos povos indígenas do estado do Tocantins.2022.110f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Letras, Porto Nacional, 2022.
Autor
Santos, Luciana Silva dos
Institución
Resumen
Studying the Indigenous Geolinguistics of the state of Tocantins and, consequently, using these
investigations in cartographic plans and drawing up a map of the heterogeneity of indigenous
languages was the main reason that made me research and describe the different uses in which
the languages of the traditional indigenous communities of the State of Tocantins have
diversified in space and time. The construction of this study is justified because until the present
moment in the state of Tocantins, we do not have a geolinguistic study of indigenous peoples
aiming to map indigenous languages according to the Federation Units of Indigenous Lands in
the State of Tocantins. According to the National Indian Foundation (FUNAI, 2016),
indigenous lands in Tocantins are distributed and demarcated as: Apinajé, Funil, Inawebohona,
Krahô Kanela, Kraolândia, Parque do Araguaia, Xambioá, Xerente, Maranduba and Utaria
Wyhyna (IròduIràna). However, in the state of Tocantins, the Canoanã indigenous land is being
studied for the demarcation process. These traditional indigenous peoples and communities
genetically belong to five large groups - Tupi trunk, Macro-Jê trunk, Karib family, Aruak
family, and Pano family. Thus, the traditional indigenous peoples and communities of the state
of Tocantins are made up of the Akwẽ (Xerente); Timbiras (Apinajé, Krahô and Krahô-Kanela);
Yny (Karajá, Javaé and Xambioá). The objective of this study was to map the languages of the
indigenous peoples of the state of Tocantins according to the Federation Units of Indigenous
Lands, considering the linguistic diversity in the reading of the geographic space and its
representativeness. The methodology is structured in the form of an exploratory qualitative-
quantitative bibliographic research based on the theoretical and conceptual perspective,
basically supported by the review of publications in the form of books and articles available in
open access databases, and secondarily on theses and dissertations. In pandemic times, it was
not possible to make field visits in Indigenous Lands to better understand the daily experience
of indigenous ethnicities in the state of Tocantins. Therefore, the research focuses on studying
the geolinguistics of the indigenous peoples of the state of Tocantins in a time frame of thirty
years (1991 to 2010) according to information from the Brazilian Institute of Geography and
Statistics (IBGE) and the National Indian Foundation (FUNAI, 2016). The results indicate that
the study on (mapping) the geolinguistics of the indigenous peoples of the state of Tocantins
serves to record through maps the heterogeneous ethnic composition both in cultural diversity
and in linguistic diversity, because over time, we lose some indigenous linguistic characteristics
by have nothing recorded. Emphasizing that with this study the Geolinguistic Map of the
Indigenous Peoples of the state of Tocantins was prepared. Estudar a Geolinguística Indígena do estado do Tocantins e, consequentemente dispor se dessas
investigações em planos cartográficos e elaborar mapa da heterogeneidade das línguas
indígenas foi o principal motivo que me fez pesquisar e descrever os diferentes usos em que as
línguas das comunidades tradicionais indígenas do Estado do Tocantins se diversificaram no
espaço e no tempo. Justifica-se a construção deste estudo porque até o presente momento no
estado do Tocantins, não temos um estudo geolinguístico dos povos indígenas visando mapear
as línguas indígenas de acordo com as Unidades de Federação de Terras Indígenas no Estado
do Tocantins. Segundo Fundação Nacional do Índio (FUNAI, 2016) as terras indígenas, no
Tocantins, estão distribuídas e demarcadas como: Apinajé, Funil, Inawebohona, Krahô Kanela,
Kraolândia, Parque do Araguaia, Xambioá, Xerente, Maranduba e Utaria Wyhyna (IròduIràna).
No entanto, no estado do Tocantins a terra indígena Canoanã está em fase de estudo para
processo demarcatório. Esses povos e comunidades tradicionais indígenas pertencem
geneticamente a cinco grandes grupos - Tronco Tupi, Tronco Macro-Jê, Família Karib, Família
Aruak, Família Pano. Dessa forma, os povos e comunidades tradicionais indígenas do estado
do Tocantins são constituídos pelos Akwẽ (Xerente); Timbiras (Apinajé, Krahô e Krahô-
Kanela); Yny (Karajá, Javaé e Xambioá). O objetivo desse estudo foi mapear as línguas dos
povos indígenas do estado do Tocantins de acordo com as Unidades de Federação de Terras
Indígenas, considerando a diversidade linguística na leitura do espaço geográfico e sua
representatividade. A metodologia está estruturada na forma de uma pesquisa bibliográfica
exploratória quali-quantitativa pautada na perspectiva teórica conceitual, amparada
basicamente na revisão de publicações em formato de livros e artigos disponíveis em bases de
dados de livre acesso, e secundariamente em teses e dissertações. Em tempos pandêmicos não
foi possível fazer visitas de campos nas Terras Indígenas para melhor conhecimento sobre a
vivência cotidiana das etnias indígenas no estado do Tocantins. Sendo assim, a pesquisa se
concentra em estudar a geolingüística dos povos indígenas do estado do Tocantins em um
recorte temporal de trinta anos (1991 a 2010) segundo informações do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI, 2016). Os resultados
apontam que o estudo sobre (mapeamento) a geolinguística dos povos indígenas do estado do
Tocantins serve para registrar através de mapas a composição étnica heterogênea tanto na
diversidade cultural quanto na diversidade linguística, pois ao longo do tempo, perdemos
algumas características linguísticas indígenas por não terem nada registrado. Destacando que
com este estudo foi elaborado o Mapa Geolinguístico dos Povos Indígenas do estado do
Tocantins.