Dissertation
Avaliação dos danos e métodos de regulação da floresta submetida à exploração de impacto reduzido na Amazônia oriental.
Registro en:
CDD - 634.90913
Autor
MARTINS FILHO, Sérgio Evandro Costa
Institución
Resumen
CNPq Foram avaliados os danos da colheita de madeira na vegetação remanescente em três áreas de florestas manejadas situadas nos municípios de Breu Branco, Novo Repartimento e Paragominas, todas localizadas na mesorregião Sudeste do estado do Pará. Antes da exploração florestal foram instaladas aleatoriamente e medidas 22 parcelas em Breu Branco; 28 parcelas em Novo Repartimento e 14 parcelas em Paragominas. As parcelas eram transectos com área aproximada de um hectare, com dez metros de largura e comprimento variável com as dimensões da UT – Unidade de Trabalho. Foram medidos todos os indivíduos com DAP≥10cm de todas as espécies, exceto palmeiras. A segunda medição foi realizada logo após a exploração florestal, onde foram avaliados a área de chão da floresta afetada e o impacto nas árvores remanescentes ocasionado pela derruba de árvores e/ou arraste das toras. A colheita teve, de fato, impacto reduzido (em comparação à exploração convencional, que pode reduzir a densidade inicial em cerca de 25-35%),
e se concentrou, principalmente nas classes de diâmetro de 10-30 cm: a densidade (N ha-1) reduziu 2,60% em Breu Branco, 5,38% em Novo Repartimento e 12,77% em Paragominas; a área basal foi reduzida em 2,46% em Breu Branco, 2,97% em Novo Repartimento e 8,55% em Paragominas; o volume reduziu 2,45% em Breu Branco, 2,84% em Novo Repartimento e 8,52% em Paragominas. A área de chão afetada pela extração de madeira foi comparável a estudos semelhantes realizados na Amazônia e em outros países tropicais, tendo em Breu Branco a maior área afetada (18,37%), seguido de Paragominas (17,90%) e Novo Repartimento (8,94%). A precisão do levantamento não atendeu aos limites estabelecidos (10% da média) para estimar os parâmetros após a colheita. Por isso é sugerido que sejam realizados mais estudos para determinar a melhor forma e tamanho de parcelas para avaliação do impacto da colheita no chão da floresta e na vegetação. A simulação da regulação da produção, realizada mostrou que as equações que não utilizam o incremento médio anual (IMA), não seriam aplicáveis às condições brasileiras, pois resultam em uma super estimativa do corte permissível. Dentre as equações que utilizam IMA, a equação que considera a perda de produtividade pela colheita (Alder 2000), se mostrou mais adequada porém, para que seja de fato, efetiva, há necessidade de determinar com melhor precisão as perdas de produtividade devido ao impacto da colheita. Recomenda-se utilizar como ponto de partida o IMA Pantropical de 1 m³ ha-1 ano-1 sugerido por Dawkins (1964) para a determinação do corte anual permisível, até que dados mais consistentes sejam obtidos em estudos de crescimento e produção na Amazônia oriental. Logging impacts on the residual forest and on the forest floor were assessed in three managed forest areas in the regions of Breu Branco, Novo Repartimento and Paragominas, located in southeastern Pará, Brazil. Damage plots (transects, 10m wide) of c. one ha were established and measured before and after logging viz. 22 in Breu Branco forest management unit (FMU), 28 in Novo Repartimento, and 14 in Paragominas. One plot was laid down at random within each logging unit of c. 100ha of each annual coupe of the FMU. All individuals with DAP≥10cm of all species were measured, except palms. The second assessment was carried out just after logging. At this stage the impact on the forest floor and on the residual forest were evaluated.
Logging impacts were indeed reduced as compared to conventional operations which impact c. 25-35% of the trees. Most of the harvesting impacts were concentrated in the smaller sizes classes (10-30 cm). Density (N ha-1) decreased 2,60% in Breu Branco, 5,38% in Novo Repartimento and 12,77% in Paragominas; basal area
reduced 2,46% in Breu Branco, 2,97% in Novo Repartimento e 8,55% in Paragominas; volume (V ha-1 decreased 2,45% in Breu Branco, 2,84% in Novo Repartimento e 8,52% in Paragominas. The basal area (G ha-1) was reduced in 2,46% in Breu Branco, 2,97% in Novo Repartimento and 8,55% in Paragominas;
volume (V ha-1) reduced 2,45% in Breu Branco, 2,84% in Novo Repartimento and 8,52% in Paragominas. The area of forest floor affected by harvest was comparable to other similar studies. Breu Branco had the biggest area affected (18,37%), followed by Paragominas (17,90%) and Novo Repartimento (8,94%). The precision of
the assessment did not comply with the predefined error limit of 10% of the average to estimate the parameters. Thus further research is needed to determine the best size and shape of logging damage plots. Yield regulation simulation carried out in the three FMU revealed that the equations applied which do not use the average mean annual increment (MAI), would not be applicable to estimate the annual allowable cut
(AAC) in the conditions of the Brazilian Amazon as they overestimate the AAC. Among the equations which use the MAI the one suggested by Alder (2000) proved more adequate. However, to allow a better effectiveness, it is necessary to estimate with a better precision, the losses in productivity due to logging. It is recommended to
utilize the Dawkins (1964) pantropical MAI 1 m³ ha-1 yr-1 as a baseline to determine the AAC in the eastern Amazon while more effective data on MAI from growth and yield studies is available in the region.