Artigo Científico
Prevalência e perfil epidemiológico de fraturas de osso temporal após traumatismo cranioencefálico em um hospital terciário de 2015 a 2020
PREVALENCE AND EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF THE TEMPORAL BONE FRACTURES AFTER TRAUMATIC BRAIN INJURY IN A TERTIARY HOSPITAL FROM 2015 TO 2020
Autor
de Oliveira Rodrigues, Letícia
Institución
Resumen
Introdução: A fratura do osso temporal é com frequência correlacionada ao traumatismo cranioencefálico severo. O TCE é reconhecido como o maior fator causal de morte, incapacidade mundial e despende exorbitantes gastos nos Sistemas de Saúde. O osso temporal compreende extrema criticidade anatômica, visto que se localiza na base do crânio, com vasta associação anatômica, e, sobretudo, por compor estruturas nobres. A relevância da classificação das fraturas do osso temporal é pautada na orientação da conduta médica, no âmbito do entendimento e prevenção das complicações relacionadas ao trauma, bem como conduz ao adequado tratamento. Obtém-se esta classificação por meio da tomografia computadorizada de alta resolução de ossos temporais, a qual permite a análise do perfil da fratura, extensões e revela o acometimento de estruturas fundamentais, a exemplo da cadeia ossicular, vestíbulo, cóclea, nervo facial e canais semicirculares. O estudo das particularidades referentes às fraturas de osso temporal, que permite estabelecer prognóstico e prevenir as causas preponderantes de trauma de osso temporal é que se pretende por meio deste estudo: analisar a prevalência e perfil epidemiológico de fraturas de osso temporal após Traumatismo Cranioencefálico em um Hospital Terciário de 2015 a 2020.
Métodos: A presente pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico com delineamento transversal realizado por meio da análise de 61 prontuários de pacientes que sofreram fratura de osso temporal secundária a Traumatismo cranioencefálico e que foram atendidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição, localizado na cidade de Tubarão, Santa Catarina, no período de janeiro de 2015 até dezembro de 2020.
Resultados: Foi encontrada prevalência de gênero masculino (86,9%), média de idade de 41 anos, com sinal clínico de hematoma subgaleal (16,4%), etiologia da fratura como acidentes de motocicleta (36,1%), hemisfério craniano esquerdo mais acometido (36,1%), classificação fechada do trauma (91,8%), com sinal radiológico na TC sendo linha de fratura (54,1%), com adicionais de fraturas além do osso temporal (80,3%), tontura como complicação mais observada (23%), e classificação longitudinal da fratura (82%).
Conclusões: Foi factível avaliar a prevalência e perfil epidemiológico dos pacientes que sofreram fraturas de osso temporal após Traumatismo cranioencefálico, no Hospital Nossa Senhora da Conceição, localizado em Tubarão-SC, entre os anos 2015 a 2020. Para esta finalidade, as variáveis utilizadas foram sexo, idade, sinais clínicos de traumatismo de osso temporal, etiologia das fraturas de osso temporal, hemisfério craniano afetado, classificação tradicional da fratura, classificação do trauma, sinais radiológicos na tomografia computadorizada de alta resolução, adicionais fraturas cranianas e complicações do trauma.