Artigo Científico
Mortalidade por câncer de próstata no Brasil de 1990-2017: distribuição geográfica e tendências
Autor
Cobalchini, Guilherme Ranzi
Institución
Resumen
RESUMO
Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer de próstata na população brasileira masculina com quarenta anos ou mais. Ajustado por carga global de doenças no nível mundial, por causas de mortalidade mal definidas e por faixa etária, para unidades federativas e Brasil, no período de 1990 a 2017. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por neoplasia de próstata para homens de quarenta anos ou mais, a partir de dados corrigidos do Global Burden of Disease (GBD) 2017. A variação percentual anual média (AAPC) foi calculada para identificar tendências de mortalidade no Brasil. Um aumento ou diminuição na tendência é estatisticamente significante quando diferente de 0 (p<0.05) e estável quando igual a 0 (p> 0,05). A análise de tendência foi realizada por regressão linear usando o Programa de Regressão de Joinpoint. Resultados: A taxa padronizada de mortalidade por câncer de próstata no Brasil passou de 65,15 para 67,79 óbitos a cada 100 mil homens ≥ 40 anos, com tendência estável, sendo verificado aumento a partir dos 70 anos de idade. A Bahia apresentou o maior incremento na mortalidade no período (1,8 pp/ano), seguido do Amapá e Pará (ambos com 1,2 pp/ano). Verificou-se decréscimo na mortalidade por câncer de próstata para os Estados do Ceará, Piauí, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Conclusão: No Brasil as taxas de mortalidade padronizada mostram uma tendência estável, com tendência crescente a partir dos setenta anos, no período estudado.