O presente trabalho objetiva apresentar a interferência do Primeiro Comando da Capital (PCC), no sistema penitenciário brasileiro, onde a influência de uma estrutura fragilizada e falta de políticas públicas levaram a um sistema prisional colapsado, com superpopulação carcerária e com a falência da pena de prisão, sendo assim não mais se apresentando como medida ressocializadora. Neste cenário organizações criminosas objetivaram nas brechas estatais, como forma para sua implementação e crescimento, apesar do Estado tentar criar medidas repressoras como o Regime Disciplinar Diferenciado, apenas propulsou que estas ganhassem uma forma mais organizada e estruturada de ação, sendo assim o PCC encontrou oportunidade para conquistar sua hegemonia nas prisões, com o monopólio do uso da força, realizando mudanças significativas na figuração social dessas relações internas, com a consolidação de uma pacificação dos conflitos antes recorrentes dentro dessas unidades, aplicando normas rígidas de conduta e maneiras de convivência mais respeitosas e pautadas na humildade e coletividade com seus companheiros de grupo. Pretende-se destacar as principais e mais relevantes mudanças e como estas influenciaram para um novo cenário do sistema prisional.