Monografia
Comparativo entre métodos de cálculo tarifário: uma análise do município de Florianópolis/SC
Autor
Peixer, Maria Fernanda Souza
Institución
Resumen
O desempenho do serviço do transporte coletivo urbano reflete diretamente no modo de vida da população usufrutuária. A discussão sobre as tarifas aplicadas no setor faz-se necessária haja vista o impacto gerado sobre o sistema. Regulado pela Administração Pública, cabe a ela delimitar a metodologia aplicada para seu cálculo. No âmbito nacional, destacam-se duas principais modalidades adotadas: a planilha tarifária, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Planejamento e Transporte – GEIPOT; e a metodologia do fluxo de caixa descontado, com reajuste por um único índice ou uma cesta com os principais insumos que afetam a operação do serviço. Nota-se a gradual substituição do cálculo pela planilha tarifária para o reajuste por índices econômicos, incluindo a capital de Santa Catarina, Florianópolis, alvo do estudo. O sistema florianopolitano calculou a tarifa urbana pela planilha do GEIPOT até 2014, permutando para o fluxo de caixa com fórmula paramétrica de reajuste desde então. Com essa nova variável, o assunto tornou-se mais evidente devido ao seu efeito sobre o orçamento de parte considerável da população. O estudo exposto é classificado como uma pesquisa exploratória aplicada, com abordagem quantitativa, o qual simula o cálculo entre os dois modais utilizando dados do sistema de Florianópolis entre 2010 e 2018. Constata-se ao final do mesmo, por meio dos resultados estatísticos obtidos, que o método do fluxo de caixa descontado com reajuste tarifário possibilita uma tarifa mais justa, tanto para os munícipes como para o investidor, por considerar a abrangência do sistema ao longo da concessão do serviço, diferente da planilha tarifária que possui uma visão estática.