Objective: Identify risk factors in patients undergoing surgery in hepatic trauma. Methods: a longitudinal study with a case-control analysis, with a review of medical records of patients with traumatic liver injury submitted to exploratory laparotomy between 2010 and 2017. Epidemiologic, clinical and surgical data were associated with patients evolving to death or discharge using Odds Ratio and considering the level of significance as a value of p≤0.05. Results: Overall mortality was 19,5%. Blunt trauma as type of trauma and automobilist accident as mechanism of trauma increased the risk of death (OR 2.22, p = 0.05 and OR 2.44, p = 0 , 03, respectively). The presence of extra-abdominal injury was associated with mortality (OR 7.06, p = 0.01), with the main ones being: toracic trauma and traumatic brain injury (OR 4.91, p = 0.01 and OR 4.41; <0.01, respectively). Hemodynamic instability was associated with increased mortality (OR 2.66, p = 0.03). Surgical time longer than one hour was associated with death (OR 2.25, p = 0.05). Conclusion: The predictive factors for death were: blunt trauma, motorvehicle accident, presence of extra-abdominal injuries such as toracic trauma and traumatic brain injury, hemodynamic instability at admission, necessity of complex procedure for repair of liver injury such as damage control surgery or Pringle maneuver, prolonged surgical time and presence of complications like hypovolemic shock and acute renal injury.Objetivo: Identificar fatores de risco para óbito em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico no trauma hepático. Métodos: estudo transversal com análise caso-controle, com revisão de prontuários de pacientes com lesão hepática traumática submetidos à laparotomia exploradora entre 2010 e 2017. Ocorreu análise de variáveis relacionadas entre pacientes evoluindo com óbito ou alta, usando Odds Ratio e considerando o nível de significância como valor de p≤0,05 Resultados: Mortalidade geral foi de 19,5%. Trauma contuso como tipo de trauma (OR 2,22, p=0,05) e acidente automobilístico como mecanismo de trauma (OR 2,44, p=0,03) aumentaram o risco de óbito. Presença de lesão extra-abdominal se associou à mortalidade (OR 7,06; p=0,01), sendo as principais: trauma torácico (OR 4,91; p=0,01) e trauma cranioencefálico (OR 4,41; p<0,01). Realização de procedimentos complexos (OR 3,33; p=0,02), tempo cirúrgico maior que uma hora (OR 2,25; p=0,05), instabilidade hemodinâmica (OR 2,66; p=0,03) e presença de complicações (OR 5,19: p<0,01) foram associados com aumento da mortalidade Conclusão: Os fatores preditivos para óbito verificados foram: trauma contuso, acidente automobilístico, presença de lesões extra-abdominais como trauma torácico e trauma cranioencefálico, instabilidade hemodinâmica na admissão, necessidade de procedimento complexo para reparo de lesão hepática como cirurgia de controle de danos ou manobra de Pringle, tempo cirúrgico prolongado e presença de complicações como choque hipovolêmico e insuficiência renal aguda.