Artigo Científico
Avaliação in silico por docking molecular da atividade de compostos da cagaita (eugenia dysenterica) sobre a proteína 1 relacionada à tirosinase (trp1)
In silico evaluation by molecular docking of the activity of compounds from cagaita (eugenia dysenterica) on tyrosinase-related protein 1 (trp1)
Autor
Souza, Raquel Carvalho de
Institución
Resumen
As hipercromias constituem uma das dermatopatologia de maior prevalência nas atualidades e tem sua etiologia decorrente da produção disfuncional de melanina. A síntese deste pigmento envolve a metabolização da tirosina orquestrada por 3 enzimas, dentre elas a proteína 1 relacionada a tyrosinase (TRP1). Diversos estudos têm evidenciado o potencial de espécies vegetais na inibição da melanogênese por meio da inibição da enzima tyrosinase, dentre elas a Cagaita (Eugenia dysenterica), que promoveu inibição in vitro da tyrosinase em estudos anteriores. Entretanto, são desconhecidos na literatura resultados da interação de compostos desta espécie vegetal com a TRP1. No presente estudo é avaliado o potencial de inibição da TRP1 por compostos da Cagaita (epicatequina, ácido gálico, glicosídeo de quercetina e miricetina pentosídeo) por docking molecular, um método de avaliação in sílico que simula a interação molecular e presume o modo de ligação e afinidade entre receptores e ligantes. Foram obtidos modelos da proteína TRP1 no protein data bank (código pdb – 5M8M) e de compostos identificados da cagaita na base de dados do Pubchem. A ancoragem dos compostos na proteína e a energia livre da ligação foi avaliada através do software auto-dock Vina e as interações entre os compostos e os resíduos de aminoácidos foram determinadas pelo software Discovery studio. Realizou-se como controle a docagem do ácido kójico, um conhecido inibidor da melanogênese que em estudos anteriores também ligou-se à TRP1. Observou-se que todos os compostos apresentaram maior interação com a TRP1 comparada ao ácido kójico. A interações do ácido gálico e a epicatequina com a proteína foram similares às interações do ácido kójico com a TRP1, inclusive com cofatores de Zinco que estão relacionados com a atividade catalítica desta enzima. Os resultados representam uma evidência de que tais compostos podem apresentar potencial como inibidores da melanogênese. São necessários, contudo, que confirme por técnicas in vitro e in vitro a inibição e a segurança do mesmos.