Introdução: A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida principalmente por relações sexuais desprotegidas, transfusão sanguínea, objetos contaminados e via vertical, causando sífilis congênita, que pode repercutir na gestação trazendo danos ao concepto. Objetivo: Avaliar a tendência temporal da incidência e letalidade da sífilis gestacional e congênita no Brasil entre os anos de 2009 a 2018. Metodologia: Realizou-se estudo ecológico, a partir das notificações de sífilis gestacional e sífilis congênita nos anos de 2009 a 2018, no Brasil. Os dados foram obtidos a partir dos bancos de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dados demográficos por intermédio do DATASUS. Resultados: A maior taxa de sífilis gestacional evidenciada foi de 59,06/100 mil habitantes no ano de 2018. A maior taxa de sífilis congênita foi de 67,59/100 mil habitantes no mesmo ano, evidenciando cenário preocupante para a saúde pública do país. A taxa de letalidade reduziu entre os anos de estudo, atingindo uma taxa de letalidade de 919,18/100 mil habitantes para sífilis congênita em 2018. Conclusão: Conclui-se que a taxa de incidência da sífilis está aumentando a cada ano, necessitando de uma melhor abordagem e acolhimento das pacientes para promoção de saúde e maior divulgação de informações para o público em geral.