A cefaleia, ou simplesmente dor de cabeça, como costuma ser chamada, é um mal neurológico importante que atinge grande parte da população mundial. Cerca de 80 a 90% da população passarão por essa experiência, causando enormes prejuízos nas áreas financeira, social e também psicológica de seus portadores. Quase sempre é mal diagnosticada, pela sua complexidade de sintomas e periodicidades variadas, e apenas 10 a 20% das pessoas acometidas procuram um médico especialista. Assim, por várias vezes acabam usando da automedicação como solução para este mal. Preocupado com essa condição, esse estudo de revisão tem como objetivo esclarecer e mostrar de forma direta que a fisioterapia traz efeitos benéficos e que pode por várias vezes substituir a intervenção medicamentosa. Neste estudo selecionou-se artigos dos últimos cinco anos, os quais falavam da cefaleia primária dos tipos: tensional (CTT), migrânea (EXQ) e em salvas (CS), e suas possíveis intervenções dentro da fisioterapia. Após as exclusões e seleção optou-se pelo uso de um total de 22 artigos para execução deste trabalho. Desse modo foi comprovado que dos três tipos de cefaleia pesquisados, apenas dois são tratáveis com recursos da fisioterapia. Na CTT e na EXQ, mostrou-se que há evidências científicas que provam que a terapia manual, em conjunto com outras modalidades de tratamento fisioterapêutico, traz efeitos benéficos e até mesmo a dispensação do uso de medicamentos em alguns casos. Já na cefaleia em salvas o tratamento só é possível através de suporte medicamentoso, bloqueio de nervos e gânglios e intervenção cirúrgica, tendo como ponto forte (classificado como padrão nível A), o uso da oxigenoterapia para as crises agudas.