Artigo Científico
Perfil epidemiológico da tuberculose pulmonar em adultos no estado de são paulo entre 2015 e 2020
Epidemiological profile of pulmonary tuberculosis in adults in the state of são paulo between 2015 and 2020
Autor
Salustiano, João Batista
Institución
Resumen
Introdução: A Tuberculose está entre as dez maiores causas de morte no mundo. Anualmente mais de 10 milhões de pessoas são infectadas, incorrendo em 1,2 milhões de óbitos em 2019 no mundo. Somente no Brasil foram 66.818 novos casos em 2020, em 2019 resultou em 4.500 óbitos pela doença. O objetivo do estudo foi selecionar características espaciais, temporais e humanas que interferem no número de indivíduos infectados e as respectivas mortes que a Tuberculose Pulmonar ocasiona em adultos no Estado de São Paulo entre 2015 e 2020. Métodos: Estudo observacional ecológico realizado por meio do DATAUS com as informações obtidas entre 2015 e 2020. Resultados: O estudo avaliou 101.700 casos de Tuberculose no estado de São Paulo, a maioria ficou concentrada em casos novos com 18.932 (77,68) casos, somente 21 (0,09%) casos foram pós óbito. Com relação a forma, 79,02% (19.258) ocorreu predomínio de quadros com acometimento somente pulmonar, enquanto apenas 4,94% (1.205) dos casos foram pulmonares associados aos extrapulmonares. A respeito da taxa de mortalidade, a maior ocorreu no ano de 2020 na faixa etária de 20 a 39 anos (0,70) e a menor ocorreu no ano de 2015 na faixa etária de 40-59 anos (0,11). Quanto a escolaridade, os que realizaram 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental obtiveram o maior percentual com 21,63. Conclusão: A mortalidade por Tuberculose Pulmonar afetou predominantemente homens, da quinta à oitava série, que predominantemente apresentam comorbidades como alcoolismo, HIV, doença mental e Diabetes. Locais com grande densidade demográfica obtiveram maior taxa de mortalidade como Grande São Paulo e Baixada Santista sendo essencial atuar nos principais fatores de risco modificáveis e interromper esse ciclo de pobreza/contaminação e resistência ao tratamento