Objetivo: Identificar a prevalência de lesões cervicais não cariosas em dentes que fazem guia de lateralidade em pacientes atendidos na clínica odontológica da UNISUL, campus Grande Florianópolis. Métodos: Estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa e transversal. A amostra consistiu em 20 pacientes adultos atendidos na clínica odontológica. Os pacientes também preencheram um questionário de avaliação. Resultados: No levantamento dos pacientes do estudo (n=20), os quais apresentavam LCNC em algum dos dentes envolvidos no guia de lateralidade, foram identificadas 14 pessoas (70%). Dessas (n=14), observando o lado direito, foi obtido o seguinte resultado: 3 (21%) com LCNC em canino superior; 3 (21%), em primeiro pré-molar superior; 1 (7%), no canino inferior; 2 (14%), em primeiro pré-molar inferior. Com relação ao lado esquerdo, foram obtidos 3 (21%), em canino superior; 5 (36%), em primeiro pré-molar superior; 1 (7%), em segundo pré-molar superior; 2 (14%), em canino inferior e 3 (21%), em primeiro pré-molar inferior. Na comparação entre os fatores associados com os pacientes que apresentaram LCNC em guia de lateralidade (n=14), foram encontrados: 14 (100%) que rangem os dentes; 11 (78,6%) que apertam os dentes; 1 (7,1%) que morde a língua; 6 (42,9) que mordem a bochecha; 3 (21,4) que roem as unhas; 4 (28,6), que mastigam chiclete; 1 (7,1) que mastiga de um lado; 9 (64,3) que relataram ser pessoas tensas; 7 (50%) que fizeram tratamento ortodôntico; 9 (64,3) que bebem refrigerante e 8 (57,1) que ingerem alimentos ácidos. Conclusão: A maior prevalência, com relação aos guias de lateralidade, são caninos e pré-molares. Identificou-se 14 pessoas (70%) com LCNC em algum dos dentes envolvidos no guia de lateralidade, sendo estatisticamente relevante entre esses pacientes a relação com o ranger dos dentes (p<0,001).