Paper
Confiabilidade dos produtos industrializados em relação a alegação de ausência de glúten
Reliability of industrialized products in relation to the absence of gluten
Autor
Silva, Beatriz
Souza, Luciana
Oliveira, Tainá
Institución
Resumen
A Doença Celíaca (DC) é uma intolerância, autoimune induzida pela ingestão de
glúten em indivíduos propensos geneticamente. Caracteriza-se por inflamação
crônica da mucosa e submucosa do intestino delgado. O glúten é uma proteína
presente naturalmente em diversos cereais, como o trigo, cevada, centeio e malte.
Esses cereais são amplamente utilizados na produção de medicamentos, bebidas e
alimentos industrializados. O único tratamento efetivo para a doença celíaca é a
adesão de uma dieta totalmente isenta de glúten (DIG). Como forma de tratamento,
a privação da ingestão do glúten na dieta deve ser feita para o resto da vida, essa
atitude pode gerar rigorosas mudanças no hábito alimentar do paciente. Os
alimentos industrializados sem glúten direcionado aos consumidores celíacos vêm
aumentando sua participação no mercado atual. No ano de 2003 foi criado a LF nº
10.674 que exige que contenha na rotulagem de alimentos as expressões “Contém
Glúten” ou “Não Contém Glúten”, porém não é obrigatória a análise do teor total de
glúten destes alimentos. O objetivo dessa pesquisa foi investigar os critérios
utilizados pela indústria de alimentos que garantem a segurança do alimento sem
glúten para o consumidor celíaco. Tratou-se de uma pesquisa online, de caráter
investigativo, quantitativo e qualitativo através de um questionário, a fim de permitir o
melhor conhecimento sobre os critérios utilizados pela indústria de alimentos que
garantem a segurança do alimento sem glúten para o consumidor celíaco. No
questionário, haviam cinco questões fechadas e abertas, que foram enviadas a
empresa participante via correio eletrônico, telefone e sites da internet. Foram
investigadas 157 empresas produtoras de alimentos industrializados de grande,
médio e pequeno portes. Dessas 157, 58 (37%) são produtoras somente de
alimentos sem glúten e 99 (63%) produtoras de alimentos com glúten e sem glúten
(mistas). Com os resultados dessa pesquisa observou-se que com a alta
predominância da doença celíaca em nosso meio, se faz necessário políticas de
vigilância mais eficazes, bem como apurada fiscalização do produto final que chega
ao consumidor celíaco e obrigatoriedade dos testes para certificar a ausência de
glúten garantindo qualidade de vida para os consumidores celíacos.