Artigo Científico
Neuroinflamação e estresse oxidativo cerebral na sepse: comparação entre animais sedentários e não sedentários
Autor
Bagio, Érick Honorato
Petronilho, Fabricia
Rodrigues, Judite Filgueiras
Tuon, Talita
Bonfante, Sandra
Goldim, Mariana Pereira de Souza
Danielski, Lucineia Gainski
Institución
Resumen
A sepse é uma síndrome complexa e dinâmica definida como resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção associada à disfunção orgânica. O sistema nervoso central (SNC) é, particularmente, acometido, manifestando-se clinicamente através da encefalopatia associada à sepse (SAE), sem, até o momento, um tratamento padrão. O exercício físico está associado à melhora de marcadores inflamatórios e oxidativos no SNC. Desta forma, este estudo avaliou, o efeito do exercício físico sobre a SAE através da análise de parâmetros neuroinflamatórios em ratos submetidos ao modelo animal de sepse. Ratos Wistar machos adultos foram randomizados nos grupos sham sedentário (sham+S), sham treinado (sham+T), CLP sedentário (CLP+S) e CLP treinado (CLP+T) e submetidos ao protocolo de treinamento de corrida durante 21 dias. Quarenta e oito horas após, foi realizado a técnica de Ligação e Perfuração Cecal (CLP). Vinte e quatro horas após, os animais sofreram morte indolor assistida e o hipocampo retirado para dosagem de citocinas, dano a proteínas e enzimas SOD e GSH. A sepse elevou significativamente os níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6, proteínas carboniladas e reduziu as concentrações de IL-10 e a atividade da SOD. O exercício foi capaz de diminuir os níveis de IL-1β, IL-6 e proteínas carboniladas enquanto aumentou a atividade da SOD. Sendo assim, este estudo reforça o papel anti-inflamatório e antioxidante do treinamento físico ao evidenciar a diminuição de citocinas inflamatórias e marcadores do dano oxidativo, além do aumento da atividade de enzimas antioxidantes no hipocampo, reduzindo a neuroinflamação, podendo sugerir o seu papel neuroprotetor após a sepse.