Artigo Científico
Repercussões clínicas no atendimento hospitalar de recém-nascidos submetidos a procedimentos de reanimação na sala de parto
Autor
Nunes, Diego da Cruz Brandão
Institución
Resumen
Introdução: A transição fetal-neonatal pode exigir intervenções para redução da
morbimortalidade neonatal. Objetivos: Avaliar repercussões clínicas em pacientes submetidos à reanimação em sala de parto. Métodos: Foi realizada uma coorte retrospectiva com recém nascidos (RNs) vivos de setembro a dezembro de 2020 registrados no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) submetidos a reanimação em sala de parto. Resultados: Dos nascidos vivos, 12,57% foram reanimados. O peso e a idade gestacional média do grupo de estudo foram
de 2880,74 gramas e 36 semanas e 6 dias; a via de parto foi cesariana de urgência / emergência em 46,1%; o escore apgar menor que 7 foi encontrado em 50% e 4% no primeiro e quinto minuto, respectivamente. No primeiro dia de vida, 40,2% dos indivíduos reanimados foram para Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UTIn). Na avaliação dos reanimados em UTIn, ventilação e nutrição tiveram importância; 78% usaram pressão positiva contínua nas vias aéreas ou a dois níveis (CPAP / BiPAP); 19,5%, intubação orotraqueal (IOT); 2,4%, ventilação natural; já a nutrição foi por sondagem em 65,9%, “Nada por via oral” (NPO) em 34,1%. A média sérica de creatina quinase – MB (CKMB) foi de 104,3 U/L; diurese, 2,4 ml/Kg/h; creatinina, 1,1 mg/dL; aspartato aminotransferase (AST), 26U/L. A taxa de mortalidade foi de 7,8% e 7,2 foi a média de dias hospitalizados. Conclusão: Houve repercussões clínicas no uso de medidas ventilatórias invasivas, suporte nutricional com um maior emprego de NPO e desfechos negativos (alta taxa de mortalidade e dias hospitalizados), contudo, demais avaliações não foram incidentes.