Artigo Científico
Uso de medicamentos rastreadores para a busca de reações adversas intra-hospitalares: um estudo de farmacovigilância.
Autor
Baesso, Kely
Nascimento, Diego
Trevisol, Fabiana
Institución
Resumen
OBJETIVO: Estimar a prevalência de possíveis reações adversas intra-hospitalares a partir do uso de medicamentos rastreadores em um hospital geral no Sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo com delineamento transversal, desenvolvido em um hospital do Sul do Brasil. Foram avaliadores prontuários eletrônicos (TASY®) dos pacientes hospitalizados entre janeiro e agosto de 2020, que receberam prescrição de um dos medicamentos considerados rastreadores de reações adversas a medicamentos (RAM): flumazenil (ampola), cloridrato de fexofenadina, naloxona (ampola), prometazina (ampola), difenidramina ou loperamida. RESULTADOS: Foram revisados 13.476 prontuários e incluídos 204 (1,5%), cujo uso do rastreador foi indicado no manejo de reação adversa a medicamentos. Neste estudo foram encontrados 18 sinais ou sintomas diferentes entre os prontuários avaliados, sendo o prurido/hiperemia/urticária os mais referidos (n=76). Dentre as classes dos medicamentos que mais causaram RAM, os opioides foram os mais citados (n=44). Salienta-se que em 49 prontuários esta informação não estava descrita. Em relação ao motivo de internação dos pacientes que utilizaram medicamentos rastreadores, a neoplasia foi o mais frequente (n=37). CONCLUSÕES: Este estudo conclui que o uso de rastreadores pode ser uma ferramenta para estimar a ocorrência de RAM e estabelecer os eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos, que devem ser notificados pelo serviço de farmacovigilância, com vistas à segurança do paciente.