O envelhecimento biológico é um processo constante e ininterrupto, estendendo-se do nascimento à morte do indivíduo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a população idosa no mundo tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. O processo de senescência afeta os órgãos e tecidos, modificando a fisiologia do organismo alterando sua capacidade funcional, tornando-o mais suscetível às doenças. Os distúrbios cardiovasculares são um dos principais problemas de saúde e causas de morte no mundo todo que merecem atenção das políticas públicas. Nesse contexto, a APS através de seus diversos programas, entre eles o ESF e o NASF, têm buscado desenvolver ações multiprofissionais a fim de prevenir e promover a saúde cardiovascular dos indivíduos, além de atuar sob a reabilitação. Assim, a PNAB e PNPS preconizam a atuação do fisioterapeuta na reabilitação cardiovascular de idosos no âmbito da APS. Em consonância, as diretrizes nacionais também apontam para ações intersetoriais nos programas. Portanto, é reconhecido que a prática de atividade física e exercícios são uma das principais estratégias no combate aos efeitos deletérios da senescência, bem como em sua prevenção. Sob o sistema cardiovascular o exercício físico: a) reduz os efeitos cardiovasculares do envelhecimento; b) atenuação da prevalência de doenças coronarianas; c) reduz a incidência de acidentes vasculares cerebrais; d) diminuição da PA; e) melhora da aptidão cardiorrespiratória. O papel do fisioterapeuta compondo as equipes multiprofissionais da Estratégia Saúde da Família é imprescindível, pois pode atuar de forma individual e coletiva contribuindo para a reabilitação e melhora da qualidade de vida das pessoas idosas. O presente estudo buscou descrever a atuação do profissional fisioterapeuta na reabilitação cardiovascular na saúde do idoso na atenção primária à saúde.