Introdução: A qualidade do sono está intimamente relacionada com a saúde. A prevalência de hábitos não saudáveis de sono e uso de medicações para dormir em estudantes de medicina é maior que na população geral, e a fadiga e sonolência diurna interferem no desempenho das atividades diárias, com consequências físicas e cognitivas, justificando estudar essa amostra. Objetivo: Avaliar a qualidade do sono em estudantes de medicina de uma universidade do sul de Santa Catarina no ano de 2021. Metodologia: Estudo transversal com 321 estudantes de medicina matriculados do segundo ao décimo segundo semestres, de fevereiro a março de 2021. A coleta de dados utilizou um questionário autoaplicável, por meio de formulário elaborado pelos pesquisadores, e escala validada para avaliação da qualidade do sono. Resultados: 37,4% relataram já ter feito uso de alguma droga para induzir o sono pelo menos uma vez na vida, enquanto nos últimos 30 dias, esse percentual foi 13,1%, sendo o zolpidem (7,4%) a mais utilizada. 80,8% dos usuários de indutores do sono eram do sexo feminino, e 19,2% masculino (p=0,013). A média de horas de sono foi 6,85. O Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh teve média de 6,23 pontos, e 54,3% tiveram resultado considerado ruim. No sexo masculino, a média foi 5,4 pontos; e no feminino, 6,56 (p=0,002). Conclusões: Os estudantes de medicina apresentaram altas pontuações no PSQI, representando qualidade do sono ruim. As mulheres têm qualidade de sono pior e fazem mais uso de indutores, quando comparadas com o sexo masculino.