Artigo Científico
Incidência de intercorrências no período neonatal em prematuros tardios em comparação a recém-nascidos a termo em um hospital de referência do Sul do Brasil
Autor
Siqueira, Louise Beni Staudt de
Institución
Resumen
Abstract
Objective: To define and analyze the incidence of intercurrences in the neonatal period
in late preterm infants compared to term newborns.
Methods: A historical cohort performed at a referral hospital for perinatology care,
where 141 late preterm infants (exposed) and 282 full-term infants (unexposed) were
studied in the first half of 2016, excluding patients with malformations and stillbirths.
The data were taken from maternity delivery records and electronic medical records.
The study obeys the ethical precepts of the National Health Council.
Results: The incidence of intercurrences in the neonatal period was higher in late
preterm infants for practically all the variables studied. These are: hypoglycaemia
49.6% (RR 4.00 CI 2.81-5.69), need for specialized hospital admission 46.8% (RR 6.60
CI 4.18-10.43), respiratory distress 44% (RR 3.35 CI 2.35-4.77), prolonged admission
41.1% (RR 3.74 CI 2.54-5.51), 39% intravenous hydration (RR 6.88 CI 4, 09-11,55),
hypothermia 27% (RR 1.77 CI 1.20-2.60), phototherapy need 26.2% (RR 4.94 CI 2.80-
8.68), newborns Small for Gestational Age 24.1% (RR 3.09 CI 1.88-5.08), need for
antibiotic therapy 23.4% (RR 4.40 CI 2.47-7.83) and mechanical ventilation 12, 1%
(RR 3.78 CI 1.73-8.26), all with p <0.05. There was no statistical significance in cases
of resuscitation, low Apgar (<7) in the 1st and 5th minutes and death.
Conclusion: Late preterm infants, although considered close to the term, are
considerably more susceptible to complications and interventions in the neonatal period,
confirming the immaturity status found at birth compared to full-term infants. Resumo
Objetivo: Definir e analisar a incidência de intercorrências no período neonatal em
prematuros tardios em comparação a recém-nascidos a termo.
Métodos: Coorte histórica realizada em um hospital de referência para atendimento em
Perinatologia, onde estudou-se 141 recém-nascidos prematuros tardios (expostos) e 282
recém-nascidos a termo (não expostos) no primeiro semestre de 2016, excluindo-se
pacientes com malformações e natimortos. Os dados foram retirados do livro de
registros de parto da maternidade e de prontuários eletrônicos. O estudo obedece aos
preceitos éticos do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados: A incidência de intercorrências no período neonatal foi maior nos recémnascidos
prematuros tardios para praticamente todas as variáveis estudadas. São elas:
hipoglicemia 49,6% (RR 4,00 IC 2,81-5,69), necessidade de internação em serviço
especializado 46,8% (RR 6,60 IC 4,18-10,43), dificuldade respiratória 44% (RR 3,35 IC
2,35-4,77), internação prolongada 41,1% (RR 3,74 IC 2,54-5,51), hidratação
endovenosa 39% (RR 6,88 IC 4,09-11,55), hipotermia 27% (RR 1,77 IC 1,20-2,60),
necessidade de fototerapia 26,2% (RR 4,94 IC 2,80-8,68), recém-nascidos Pequenos
para a Idade Gestacional 24,1% (RR 3,09 IC 1,88-5,08), necessidade de
antibioticoterapia 23,4% (RR 4,40 IC 2,47-7,83) e ventilação mecânica 12,1% (RR 3,78
IC 1,73-8,26), todas com p<0,05. Não houve significância estatística nos casos de
reanimação, Apgar baixo (<7) no 1º e no 5º minuto e óbito.
Conclusão: Recém-nascidos prematuros tardios, apesar de serem considerados
próximos do termo, são consideravelmente mais susceptíveis a intercorrências e
intervenções no período neonatal, confirmando a condição de imaturidade que se
encontram ao nascimento se comparados aos recém-nascidos a termo.